RECORDE
Governo destina R$ 15 milhões para ampliação de blocos afros
O anúncio foi feito durante encontro de representantes dos blocos no CAB
Por Da Redação
O Ilê Aiyê completa 50 anos de Carnaval, marcando também a presença dos blocos afros nos circuitos, e vai ser parte dos grupos contemplados com investimento do programa Ouro Negro, aportado anualmente através da Secretaria de Cultura do Estado (Secult) no Carnaval de Bahia. O anúncio foi feito durante encontro de representantes dos blocos afros, afoxés e entidades de matriz africana com o governador Jerônimo Rodrigues, nesta terça-feira, 9, no Centro Administrativo, em Salvador.
Serão quase R$ 15 milhões para o Carnaval dos blocos afros em 2024, que vão ampliar o número de entidades beneficiadas. No ano passado, o investimento foi de cerca de R$ 8 milhões. A reunião também foi uma escuta aos representantes de cada grupo e às suas necessidades, para a garantia da participação nos circuitos e para visibilizar os temas pensados por cada bloco todo ano. O governador Jerônimo relembrou a pedagogia em torno das composições das canções dos blocos afros e antecipou que o Estado deve investir nos blocos e entidades em outros períodos além do carnaval.
“O conteúdo das letras das músicas é muito intenso e os blocos sempre trabalham levando mensagens. Portanto, esse ano, preparamos uma homenagem ao meio século de vida dos blocos afros. Não só na Bahia, no Brasil e, por que não dizer, no mundo? A proposta foi avaliada, discutida e criticada pelos blocos afros. Chamamos eles para que pudessem apreciar essas possibilidades. Homenagem a gente não pede permissão. A gente quer fazer algo que não termine no Carnaval, mas uma política pública para os próximos dois, três anos”, detalhou.
Protagonismo baiano
Ângela Guimarães, secretária de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais, acrescentou que a Bahia foi escola para o desenvolvimento de blocos em todo o país. “Se a gente tem experiência de blocos afro no Brasil, deve-se exatamente ao protagonismo da Bahia. Então, é isso que esse momento de diálogo e de escuta revela. Há uma cultura negra, pulsante, ancestral, atual, futurista, que marca o diferencial da cultura baiana e que precisa ser cantada aos quatro ventos”, reforçou.
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