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21/01/2024 às 6:00 • Atualizada em 21/01/2024 às 9:03 - há XX semanas | Autor: Inara Almeida*

VENDAS

Negócio de alimentação é um dos que mais lucram com o Carnaval

Donosde pequenos negócios veem oportunidade do faturamento subir com a folia

Imagem ilustrativa da imagem Negócio de alimentação é um dos que mais lucram com o Carnaval
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Faltando pouco mais de duas semanas para o início da folia, as ruas e o trânsito próximos aos circuitos do Carnaval começam a ferver –, com o processo de montagem das estruturas. Para os donos de pequenos negócios instalados nessas regiões, a festa é uma faca de dois gumes: enquanto alguns segmentos veem o faturamento subir, com alta do fluxo de visitantes, para outros, toda esse fuzuê só atrapalha as vendas.

Em meio aos estabelecimentos que mantêm as atividades funcionando durante a folia, o ramo de alimentação é um dos que mais sai na frente em termos de movimento. Montagem de “camarotes”, cardápios especiais, acesso à vista privilegiada e outras estratégias são pensadas para continuar atraindo clientes durante o Carnaval.

É o caso da hamburgueria Red Burger, que, pelo segundo ano consecutivo, transformará a unidade da Barra em um camarote para os clientes. Além do conforto, da vista privilegiada dos trios e de um ‘open bar premium’ por valores mais acessíveis quando comparados aos camarotes tradicionais, a novidade de 2024 é uma estrutura maior, com um segundo andar.

“Por ser um local com alta concentração de pessoas durante o Carnaval, percebemos que não tinha como a Red continuar aberta apenas recebendo os clientes. Portanto, resolvemos montar o camarote, que tem o foco no nosso produto e nos trios, sem atrações, para quem quer curtir o Carnaval de rua. Também continuamos funcionando como hamburgueria e atendendo, inclusive, o público externo”, conta o empresário Peu Magalhães, que projeta um público consumidor de cerca de 500 pessoas por dia.

A Santa Clara Cafeteria também funcionará durante os dias de festa, mas sem uma dinâmica especial e sem cobrança de ingressos e taxas para os clientes.

“O nosso público é aquele que quer um local bacana para sentir o clima do Carnaval, quer sentar, ver alguns trios e voltar para casa cedo. Normalmente pessoas de meia idade”, explica Daiane, gerente do espaço, que funcionará todos os dias, das 8h às 20h.

Situado ao lado do Farol da Barra, a cafeteria também é estratégica para foliões e turistas hospedados no bairro que desejam fazer as refeições próximo ao circuito. Apesar do fluxo, no entanto, Daiane garante que não há incremento significativo durante os dias de Carnaval. “Devido às estrutura montadas para o Carnaval, parte do nosso público não consegue chegar até a casa, então, não há um incremento no faturamento. Mas temos fluxo, rodamos a casa normal”, afirma.

Quem não curte estar no meio da multidão, mas também não abre mão de sentir de perto a energia do Carnaval, vê no funcionamento de bares e restaurantes próximos ao circuito uma oportunidade para participar da folia. No Carnaval de 2023, a jornalista Natalia Mayrink comprou um camarote open bar de um restaurante na Barra e gostou tanto da experiência que pretende retornar este ano.

“Gostei muito mais do dia que passei no restaurante do que do outro camarote que fui no circuito, porque é mais exclusivo, tem menos perrengue para pegar comida e bebida. Além disso, você aproveita, de fato, os trios, não tem outros shows, e esse era o meu objetivo. Este ano voltarei com um grupo maior”, conta.

Prejuízo

Quem também sai ganhando com a proximidade dos dias de Carnaval é Suely, proprietária de um ateliê de confecção de roupas e abadás. Situada na Barra há 15 anos, a empreendedora está com as expectativas lá em cima para este ano, já que a folia começa mais cedo e acontecerá após uma sequência de outras festas na cidade.

“Estou confiante que o movimento vai ser bom, o incremento costuma ser de 30% a 40%. O movimento fica intenso quando as pessoas começam a receber os abadás dos blocos e camarotes e eu funciono todos os dias de Carnaval”, afirma.

Enquanto a festa popular é um paraíso para empreendedores de alguns ramos, como o de alimentação, bebidas e têxtil, que conseguem usar a festa a seu favor, manter o fluxo de clientes e até aumentar a receita revela-se um pesadelo para outros. Muitos empresários se veem obrigados a fechar as portas e observam o faturamento cair consideravelmente no mês de fevereiro.

Segurança

Ivia Savana, proprietária da loja de produtos naturais e fitoterápicos Savana, localizada na rua Marques de Leão, precisa intensificar a venda de produtos e faz até queima de estoque durante o mês de janeiro para “segurar as pontas”, já que mantém a loja fechada durante 15 dias, devido ao Carnaval. Segundo ela, cerca de 35% do faturamento é perdido.

“Antes mesmo do primeiro dia oficial de Carnaval, já no dia 2, preciso fechar as portas, porque fica inviável. A rua fica cheia de barracas de bebidas, pessoas chegam a dormir em frente à fachada, o cliente nem consegue ver a loja, devido aos tapumes. Além disso, não há segurança alguma para manter aberto. Para mim, não é interessante o Carnaval aqui”, destaca.

O salão Nails2you, outro empreendimento de Ivia, situado na rua Cezar Zama, também permanecerá fechado a partir do dia 5 de fevereiro até o fim do Carnaval. Assim como ela, outros empresários da região optam por fechar os seus negócios, diante dos riscos de assalto, furto e arrastão. Para assegurar a integridade das fachadas e evitar prejuízos, boa parte dos passeios são cercados por tapumes.

A ausência de segurança enfrentada por empresários durante os dias de cortejos é ressaltada pelo presidente do Sindilojas Bahia Paulo Motta. “O grande problema é, principalmente, durante o pico dos cortejos, no sábado e domingo, na região da avenida Sete e da Barra, devido à falta de segurança. É preciso precaução do lojista, porque temos um problema seríssimo de políticas públicas de segurança, então, isso traz preocupações”, fala o dirigente.

Apesar dos riscos, Motta destaca a importância do Carnaval para o comércio varejista, principalmente para o setor de tecidos, eletrodomésticos e de alimentos e bebidas. Diante do aumento de turistas na cidade, a rede hoteleira também é destaque durante os dias de folia.

Questionada sobre a assistência oferecida aos comerciários durante o período de Carnaval, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia comunicou, através de nota, que os circuitos oficiais ganham um reforço das ações ostensivas e preventivas durante a folia. “Portais de Abordagem são montados e funcionam 24h, Postos Policiais e de Bombeiros são montados nos percursos e o Sistema de Reconhecimento Facial amplia o trabalho de inteligência para localizar foragidos da Justiça”, detalha o texto.

* Sob a supervisão do editor interino Fábio Bittencourt

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