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Preta Gil afirma que o seu bloco se notabiliza pela diversidade

Publicado sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017 às 08:53 h | Atualizado em 24/02/2017, 08:58 | Autor: Luana Almeida e Itana Silva
Preta puxa nesta sexta um trio pipoca
Preta puxa nesta sexta um trio pipoca -

Preta Gil pode não ter nascido em Salvador, mas tem a alma baiana. A prova disso é que a artista multifacetada trouxe para os fãs soteropolitanos o Bloco da Preta, que tem como foco o folião pipoca, desde 2010, quando foi criado no Rio de Janeiro. “O Bloco da Preta é para todos, porque não custa nada ser feliz. Ele nasceu da fusão da minha baianidade e da minha paixão pelo Carnaval de rua”, conta ela.

Carioca, Preta Gil é a cara da Bahia. De sorriso largo e papo reto, ela é dona de uma personalidade multifacetada: cantora, atriz, apresentadora, produtora e empresária. Este Carnaval, os fãs que curtem na Bahia ganharam um presente dela, que também já foi madrinha de bateria da Estação Primeira de Mangueira: o Bloco da Preta chegou a Salvador pela primeira vez, e veio para ficar, garante ela: “Só vai acabar quando eu ficar velhinha”.

Preta Gil

Tradicionalmente desfilando para o folião pipoca no Rio de Janeiro desde 2010, o Bloco da Preta já atingiu recorde de público, um milhão de pessoas. Preta considera que essa experiência serviu como preparação para a folia em Salvador.

“Tenho uma responsabilidade enorme como defensora do Carnaval de rua do Rio de Janeiro e meu maior prazer é fazer Carnaval para o povo. Ter passado oito anos lá, antes de trazer o bloco para aqui, foi como uma preparação. Passamos de 120 mil pessoas, no primeiro ano, para um milhão, que é o porte do Carnaval da capital. O bloco fecha um ciclo importante para mim, e eu chego aqui com segurança, para fazer essa festa, que sempre foi muito cobrada pelos meus fãs soteropolitanos”, contou.

O repertório do Bloco da Preta é tão pluricultural quanto a idealizadora. “Eu canto muitas músicas de axé, mas também canto funk, pagode, sertanejo, samba, MPB, rock, tocamos de tudo. O tempero diferencial que trazemos para os foliões é a Black Power, nossa bateria de escola de samba, que vai em cima do trio. A gente tem cavaco, repique, tantan... Toda a parte percussiva e sonora da Bloco da Preta é diferenciada”, revelou.

Para reforçar o desejo de cantar para o folião pipoca, ela participou, ontem, do encontro de trios no circuito Dodô (Barra-Ondina), ao lado de Márcio Victor e da banda Alavontê, no Farol da Barra, em frente ao Palco Skol – patrocinadora oficial do Carnaval de 2017.

Além do repertório, os fãs adoram ficar por dentro das roupas usadas pelas musas do Carnaval. Preta não fez segredo e contou sobre a homenagem que pretende fazer com o figurino: “Minha roupa vai ser inspirada no arco-íris, que é o símbolo da diversidade, que trazemos como lema. Escolhi essa temática, principalmente, por ser parte do meu discurso e do meu caráter mesmo. Quero mostrar para as pessoas que, no Bloco da Preta, a gente não distingue ninguém por orientação sexual, raça, credo ou o dinheiro que ela tem na carteira. Dentro do bloco, a diversidade é nossa força”, enfatiza ela.

Os planos de Preta para o futuro já estão traçados: “No meio disso tudo, ainda estou gravando um disco. Minha música de trabalho, a Eu quero e você quer, tem tocado muito aqui em Salvador. Tudo tem acontecido de forma supernatural. Vou lançar um novo disco em abril e, logo depois, vamos sair em turnê pelo país, para divulgar. Tem muita coisa acontecendo e, depois do Carnaval, vou seguir focada em tudo isso”, revelou.

Na cola do artista:

Trio: Bloco da Preta

(Pipoca)

Data: Sexta, 24, às 21h15

Circuito: Dodô (Barra-Ondina)

PERFIL DO BLOCO

O Bloco da Preta, um dos três maiores do Rio de Janeiro, é completamente voltado para o folião pipoca e, este ano, estreia no Carnaval de Salvador.

PROGRAMAÇÃO

Sexta- Preta Gil

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