Quase 100 mulheres denunciam crimes de importunação sexual no Carnaval
Mais de 700 mulheres passaram pelo Centro de Referência de Atenção à Mulher
Nos três primeiros dias do Carnaval de Salvador, mais de 700 mulheres receberam apoio psicossocial e jurídico no Centro de Referência de Atenção à Mulher (CRAM), na Praça do Campo Grande.
No local, 98 denúncias de importunação sexual foram registradas. Equipes da Secretaria de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ) também oferecem assistência durante o evento, como parte da campanha "Meu não é lei! Depois do não, tudo é assédio".
O CRAM conta com apoio da Guarda Civil Municipal (GCM) e oferece orientação e atendimento com psicólogos, assistentes sociais e profissionais jurídicos. A psicóloga Brenda Santos enfatiza a importância da vigilância contra diferentes formas de violência.
“Estamos aqui para acolher, cuidar e orientar. Não aceite nada que te fira, esse é nosso recado. Lembrar também que é preciso sororidade, mulheres ajudam mulheres. Caso alguma mulher presencie uma outra sendo vítima, ajude, grite, denuncie”, orientou.
Equipes de abordagem distribuem o "Violentômetro", que indica os graus de violência que uma mulher pode enfrentar. Para casos que exigem afastamento do agressor, o Centro De Atendimento à Mulher Soteropolitana Irmã Dulce (CAMSID) e a Casa da Mulher Brasileira funcionam 24 horas.