DE VOLTA
Trio Afropunk retorna ao carnaval de Salvador sob o comando de Psirico
Cantor de pagode traz outros convidados como Larissa Luz, Vandal e Lunna Montty
O grupo global, que em 2020 colocou na rua um dos trios mais aclamados do carnaval, aposta novamente na festa em 2024. Com patrocínio do Governo da Bahia e apoio institucional do British Councill, organização internacional do Reino Unido, o trio do Afropunk desfila na quinta-feira, 8, primeiro dia do carnaval, no circuito Dodô (Barra-Ondina), para iniciar as comemorações pelos 20 anos de existência do manifesto que deu origem ao projeto, com Márcio Victor, da banda Psirico, como anfitrião do trio.
Psirico traz convidados especiais como Larissa Luz, que aporta na folia em 2024 com o projeto Atlânticarnaval, explorando a música afrodiaspórica em shows diferentes pela cidade. O cantor de rap Vandal, que se destaca em gêneros como o Grime e o Drill, também é convidado do trio, além da DJ e artista Lunna Montty, apresentada por Beyoncé no Club Renaissance, levando dança para o trio.
O desfile do trio Afropunk também recebe, pela primeira vez, os elementos afro-caribenhos do carnaval de Notting Hill, realizado no bairro de Londres, na Inglaterra. A região recebeu um grande número de imigrantes no início do século passado, com destaque para os jamaicanos e outros povos do Caribe, como Trinidad e Tobago, Bahamas e Punta Cana. Com o propósito de ser um manifesto em favor do respeito mútuo,o trio Afropunk atraiu mais de 250 mil pessoas em sua estreia.
O Afropunk
Berço da negritude no Brasil, o Afropunk completou apenas três edições neste ano. Em 2022 e 2023, o evento teve a participação da média de 50 mil pessoas, nos dois dias do evento.
Antes de ser um festival, o Afropunk surgiu como um movimento cultural nos EUA, que tinha como propósito ser resistência dentro de uma comunidade punk rock dominada por pessoas brancas. O lançamento do documentário Afro-Punk (2003), dirigido por James Spooner, foi um pontapé para o movimento. A produção audiovisual narra a história de quatro afro-americanos que viviam o punk rock lifestyle no início dos anos 2000.
O Afropunk ganhou o formato de festival internacional e multiartístico, no Brooklyn, em Nova York. Hoje, é uma plataforma de conteúdo, referência estética e um portal de mobilização social presente em quatro continentes.
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