CARNAVAL 2014
Carlinhos Brown, o homem que produz sons mágicos e experimentais
Por Juliana Dias, do A Tarde
Prometido para ser pastor evangélico ou babalorixá, o jovem que nasceu no bairro do Candeal Pequeno, como Antônio Carlos Santos de Freitas, em 1962, passaria a ser conhecido internacionalmente como Carlinhos Brown. Da sua criatividade, irreverência e uma capacidade única de fazer experimentação ele criou a Timbalada, que ultrapassa a condição de banda para ganhar o status de escola, afinal, seu toque é facilmente reconhecido.
A história desse irrequieto artista, dono de múltiplos talentos, está estreitamente relacionada aos diversos movimentos culturais, religiosos e políticos de afirmação e liberdade dos negros.
Conhecido como Carlinhos de Madalena (sua mãe), ele cresceu no bairro em que nasceu e onde sediou suas criações e inovações percussivas, a ponto de alguém ouvir a palavra Candeal e se lembrar de Carlinhos Brown. O nome artístico, segundo ele, é uma homenagem a James Brown e H. Rap Brown, ambos líderes da música negra norte-americana da década de 1970.
Sou admirador dos Browns, mas acredito que esse apelido é fruto da força de reafricanização empregada pelo Ilê Aiyê. E foi a partir daí que o Brown virou um apelido de afirmação para mim, explica Carlinhos Brown.
Discípulo - Iniciado na música por Osvaldo Alves da Silva, mais conhecido como Mestre Pintado do Bongô, Brown credita toda a aprendizagem musical a esse grande percussionista da história afro-baiana.
Os primeiros ensinamentos do mestre aliados à sua força foram suficientes para marcar sua trajetória de vida e estilo musical. Só quando eu chegar aos 75 anos (atualmente tem 48) poderei ser considerado um mestre percussivo. Não sou mestre de percussão, nem aceitaria ser, mas, a partir do momento em que esse anel de 300 anos veio parar no meu dedo, a percussão tornou-se para mim não apenas uma profissão, mas uma responsabilidade espiritual, diz.
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