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CARNAVAL 2014

Escolas usam criatividade para substituir as plumas e paetês

Por Agência Estado

23/02/2006 - 19:23 h

O que seria de um desfile de escola de samba sem paetês, penas e plumas? É difícil imaginar a resposta, mas, este ano, as agremiações do Rio estão precisando usar de seus recursos mais importantes, a criatividade e o improviso, para levar o carnaval à avenida sem perder o brilho e a opulência.



Os paetês sumiram das lojas, levados pela indústria da moda, que nos últimos anos vem trazendo roupas brilhosas em suas coleções. Já a oferta de penas de avestruz, faisão e pavão diminuiu bastante por conta das restrições impostas pelo Ministério da Agricultura em decorrência da gripe aviária - o que fez, claro, com que o preço desses artigos fosse às alturas: uma única pena grande de faisão chega a custar R$ 450. Já o quilo da pluma de avestruz mais cara, que rende adornos para, no máximo, 60 fantasias, sai a R$ 850.



A Imperatriz quase ficou sem paetês para enfeitar suas fantasias e fazer acabamentos de carros alegóricos. Só depois de esperar 20 dias para receber a encomenda de duas mil peças de 50 metros de paetês, em fio, de diversas cores, a compradora de material da escola, Cátia Drummond, pôde respirar aliviada. "Carnaval não espera. A gente tem dia e hora marcados para desfilar."



Paulo Machado, diretor de barracão da Grande Rio, teve de apelar para um tipo de adesivo brilhoso, importado. Serve tanto para fantasias quanto para alegorias. "Deu o mesmo resultado e é mais barato", garante. Outro recurso dos artesãos é o galão, uma fita de efeito semelhante.



A Caprichosos lançou mão de um recurso interessante para dar brilho ao acabamento de um carro: garrafas pet (há muito já foram incorporadas ao carnaval), foram cortadas. A ponta ganhou um pedacinho de espelho e o resto foi descartado. Com a ajuda dos holofotes do Sambódromo, os pedaços de plástico parecerão lâmpadas acesas. A Grande Rio adotou bolas de árvore de Natal para incrementar o carro que representa o Teatro do Amazonas.



PENAS - A dificuldade de se encontrar penas e plumas de aves tem explicação simples. Com a gripe aviária grassando em países criadores de avestruzes, como a África do Sul - onde mais de 40 mil aves foram sacrificadas -, e de pavões e faisões, como a China, as autoridades brasileiras estão apertando o cerco para evitar que a doença chegue ao País.



Existe uma portaria de 2004 que proíbe a entrada de penas e plumas de avestruzes abatidos depois de julho daquele ano. A medida vem causando problemas para os carnavalescos, já que não há oferta suficiente desses artigos no Brasil - a produção nacional, que ainda está engatinhando, é de apenas duas toneladas por ano, quando são importadas entre 60 e 70 toneladas tanto para o carnaval, quanto para a confecção de espanadores para limpeza. A Caprichosos aderiu logo às penas artificiais, parecidas com as naturais. "Sem criatividade, não somos nada", acredita o carnavalesco, Chico Spinosa.



Atento à necessidade, o argentino Júlio Kopelowicz tomou a dianteira. Dono da Dalvic, fábrica especializada em itens carnavalescos, ele desenvolveu um material sintético que imita as penas (detalhes não são divulgados, para evitar imitações). O argentino fez um protótipo que, segundo ele, tem o mesmo balanço das penas naturais.



Kopelowicz não teve tempo de tocar a produção para este carnaval. No próximo, pretende lançar as penas artificiais. "Neste carnaval, as escolas ainda têm algum estoque, porque entrou muito material ilegalmente no País", explica. "Mas está cada vez mais difícil e, no próximo ano, elas vão precisar de mim".

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