Valores - Quanto ao sucesso ou a falta dele, Missinho é bem pragmático. "O grande barato da música é vivê-la. O sucesso é uma consequência. O grande valor do músico é ser respeitado e reconhecido pelos colegas", diz. Se a decisão de deixar os Chicleteiros lhe causou arrependimento, o cantor diz que não: "Não me arrependo de nada. Se pudesse voltar no tempo teria feito tudo igual ou, no mínimo, parecido", enfatiza. O cantor não tem nenhum contato com grupo.
Se sente falta do reconhecimento e assedio dos fãs, Missinho diz que quando o Chiclete estourou e o grupo ficou conhecido ele realmente ficou surpreso. "Eu não tinha consciência na época. O sucesso pode modificar o artista. Lugares que eu ia frequentemente eu não podia mais ir. Uma vez tive a camisa rasgada por umas fãs. Depois fomos aprendendo a lidar com isso e era tranquilo. Mas, a gente não tava acostumado a ver isso por aqui", conta. O cantor lembra que foi uma fase muito boa em sua vida e na carreira, mas que não sente saudade, porque como bons momento ele também viveu vários outros. "Estou vivendo um bom momento agora", acrescenta.
O que mudou dos 19 anos para hoje, o cantor diz que se tornou uma pessoa bem mais tranquila. "Sou quase zen", brinca. "Naquela época era tudo uma loucura. Tinha a energia da juventude. Só pensava em mostrar a minha música", explica.
Missinho não se considera um músico do Axé Music. Ele prefere ser lembrado como carnavalesco, pois, apesar de suas composições serem sucessos no gênero musical, prefere não rotular seu trabalho. "Tenho composições bem diferentes, gosto de fazer coisas diferentes, por isso prefiro não classifica-las assim", explica.
Quanto ao público, Missinho diz que sempre foi bem recebido e que, como compositor, é gratificante ouvir as pessoas cantarem suas músicas. Ele diz que a Bahia consegue reunir grandes músicos, porém, infelizmente, nem todos caem nas graças dos empresários e da mídia. "Tem muita gente boa que não aparece na TV. Sempre está rolando algo legal em Salvador. E quem gosta de boa música sempre sabe onde encontrá-la", declara.
Por hora, quem quiser ouvir Missinho ele estará no dia 2 de fevereiro, Dia de Iemanjá, na feijoada do bar Seu Boteco, no Rio vermelho, ao lado de Laurinha Arantes. No repertório, ele promete um revival anos 80 e hits carnavalescos. Já no Carnaval, Missinho se apresenta no Pelourinho e em trio independente, conforme programação da prefeitura. Além disso, ele puxa o bloco da Ribeira, chamado "Bola Cheia", que desfila no Circuito Osmar (Campo Grande) no sábado e na segunda-feira.
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