FÓRUM CBPM
Especialistas debatem o desenvolvimento sustentável na mineração
Evento ocorre nesta terça-feira e reúne gestores e empresários do setor mineral
Por Lula Bonfim
O Painel 4 do II Fórum CBPM de Mineração e Sustentabilidade teve as participações da deputada estadual Fabíola Mansur (PSB); do presidente da CODEBA, Antonio Gobbo; do presidente da ABIROCHAS, Reinaldo Sampaio; e do presidente do IBRADES, Georges Humbert; debatendo caminhos para o desenvolvimento sustentável da mineração.
Durante sua fala, Fabíola criticou a visão preconceituosa que impõe à mineração a pecha de destruidora do meio-ambiente e defendeu o setor como um importante gerador de riqueza.
"O preconceito com a mineração gera informações falsas contra um setor que gera muitos empregos e muita riqueza. Óbvio que muitas vezes a mineração foi exploratória, mas hoje temos a CBPM, que trabalha de maneira responsável. Temos que ampliar o que o governador Jerônimo já disse: expandir a mineração, mas sempre cuidar das comunidades ao redor dela", disse a parlamentar.
Antonio Gobbo, por outro lado, apresentou no painel um novo projeto da CODEBA, com apoio da CBPM, da reativação da hidrovia do Rio São Francisco. Com esse empreendimento, o gestor espera facilitar o crescimento do setor mineral na Bahia.
"Desde o primeiro momento, a parceria com a CBPM foi fundamental para a construção do planejamento que estamos implantando aqui. Queremos mostrar que a Bahia tem porto, sim. Mas a mineração também precisa de ferrovias para conseguir se desenvolver. E de hidrovias, como a que desejamos reativar no Rio São Francisco. Podemos não ver isso, mas é o que desejamos deixar para o futuro", explicou Gobbo.
O presidente da ABIROCHAS se colocou como a voz das pequenas e médias empresas e defendeu uma proposta de criação de vantagens fiscais para as companhias de mineração que realizem reaproveitamento de rejeitos, o que diminuiria o impacto ambiental desse trabalho.
"Eu aqui sou representante da pequena e média mineração, a voz da maioria. Então, olhando para a sustentabilidade, eu defendo a racionalidade produtiva, que é a minha proposta, de buscar o máximo aproveitamento daquilo que retiramos da natureza. E é preciso premiar quem se preocupa com isso para incentivar esse comportamento. Quando os primeiros êxitos acontecem, há um estímulo para que os outros agentes econômicos também cuidem dos estoques remanescentes", orientou Reinaldo Sampaio.
Já Georges Humbert pediu a desburocratização do Estado e fez diversas críticas, tanto ao avanço do Poder Judiciário sobre o Executivo e o Legislativo, quanto a supremacia da União sobre Estados e Municípios no Brasil.
"A gente precisa de uma reforma processual para acabar com a insegurança jurídica. A hipertrofia do Judiciário é problemático e tem provocado um caos no Brasil. Além disso, há um problema no pacto federativo. É uma lógica invertida, em que a União, lá de Brasília, cuida de tudo, com muitos recursos, enquanto Estados e Municípios, mais próximos da gente, enfrentam dificuldades", apontou o advogado.
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