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CINEMA

‘Ciclo de Cinema Russo’ começa nesta quarta na Sala Walter da Silveira

Sessões são gratuitas

Por Rafael Carvalho - Especial para A Tarde

12/02/2025 - 5:40 h
Imagem ilustrativa da imagem ‘Ciclo de Cinema Russo’ começa nesta quarta na Sala Walter da Silveira
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Depois da requalificação técnica da Sala Walter da Silveira, cinema que fica no subsolo da Biblioteca Pública dos Barris, o espaço de exibição gerido pela Diretoria de Audiovisual (DIMAS) da Fundação Cultural do Estado da Bahia começa a receber novas atividades.

Uma delas é o Ciclo de Cinema Russo, que começa na noite de hoje e segue até o próximo sábado (15), com sessões sempre às 16h e 18h. A entrada é gratuita.

O evento é idealizado pelo crítico de cinema e programador Adolfo Gomes, com apoio da CPC-UMES Filmes, distribuidora brasileira que há dez anos se dedica a difundir o cinema soviético e russo no Brasil.

Para o atual ciclo, Adolfo montou um programa de quatro filmes realizados entre o final dos anos 1950 e 1970, além de uma obra mais atual. Todas elas foram produzidas pelas reconhecida produtora Mosfilm.

“A Mosfilm é um estúdio histórico, um dos mais importantes do mundo e muito presente no imaginário cinéfilo. Com base no ineditismo e na diversidade de gêneros e estilos, propusemos esse recorte, que perpassa a filmografia clássica da extinta União Soviética até um exemplar contemporâneo”, explicou o curador.

O filme de abertura na primeira sessão de hoje é Asas (1959), da pouco conhecida cineasta Larisa Shepitko. Umas das principais diretoras do cinema soviético, ela morreu tragicamente em um acidente de carro no final dos anos 1970.

Exibido em cópia restaurada, o filme conta a história de uma ex-piloto de caça da Segunda Guerra Mundial, tentando se adaptar a uma nova vida após os conflitos.

“A ideia principal é promover descobertas e, como a filmografia da Shepitko ainda não é muito conhecida na Bahia, quisemos celebrar o pioneirismo e a potência da personagem real que inspira o filme, além, é claro, da cineasta, não menos desbravadora”, revelou Adolfo.

Amplitude soviética

Igor Oliveira, coordenador de comunicação e vendas do Centro Popular de Cultura da UMES, sediada em São Paulo, também conversou com A TARDE e louvou a iniciativa de trazer a mostra para Salvador.

“É muito positivo quando um parceiro nos procura, como foi o caso do Adolfo, para expandir nossa atuação porque é mais difícil realizarmos atividades fora de São Paulo”, afirmou Igor.

Além de lançar e comercializar DVDs de filmes soviéticos e russos clássicos, a CPC-UMES possui um canal no YouTube que disponibiliza, todo final de semana, um filme diferente na sua plataforma para ser visto gratuitamente.

Além disso, Igor destacou a relevância da Mosfilm no campo cinematográfico: “A produtora chegou, agora em janeiro, aos seus 101 anos de atividade e segue produzindo ainda hoje, sendo um dos maiores estúdios do mundo, com tecnologia de ponta”.

Ao se falar sobre cinema soviético, Igor lembrou que poucos nomes, como os de Eisenstein e Tarkovski, são mais conhecidos do grande público e mesmo dos cinéfilos, enquanto muitos outros cineastas e obras são bem pouco difundidos no Brasil, algo que a CPC-UMES tenta minimizar ao apostar na formação de público para esses filmes.

Seguindo essa mesma toada, a mostra em Salvador busca destacar obras menos conhecidas desta filmografia. O cineasta Sergei Bondarchuk aparece com O Destino de um Homem (1959), sobre um soldado que lutou na Segunda Guerra e, ao voltar para casa, busca reencontrar esposa e filho. Adolfo explicou que escolheu filmes mais difíceis de achar do diretor, já que ele é muito conhecido por ter adaptado a obra-prima de Leon Tolstói, Guerra e Paz, em um épico com mais de seis horas de duração. “Preferimos, para ilustrar melhor sua poética, exibir filmes que não foram lançados no home video”.

Já Moscou Não Acredita em Lágrimas (1979), dirigido por Vladimir Menchov, caminha para o melodrama ao acompanhar a trajetória de vida de três jovens que se mudam para a capital russa no final dos anos 1950 afim de encontrar trabalho e constituírem família.

Completa a seleção de clássicos o pouco conhecido Os Sinos da Noite (1973), drama de Vassily Shukshin, que Adolfo define como o verdadeiro retrato da alma russa. Na trama, um jovem sai da cadeia e tenta refazer a vida em liberdade.

“Para quem não é russo, o cinema, sobretudo o soviético, sempre representou um gesto de aproximação. Portanto, Os Sinos da Noite é um sonho que a gente sonha junto e, ao fim desse percurso, tem-se a sensação de alcançar um retrato verdadeiro de algo imaterial, a alma. Paradoxo que só o cinema e a música conseguem harmonizar”, defendeu o curador.

Para completar a programação, No Submundo de Moscou (2023) é um filme recente, lançado nos cinemas brasileiros pelos esforços da CPC-UMES. Dirigido por Karen Shakhnazarov, trata-se de uma trama policial de assassinato que se passa na periferia da capital russa.

Ciclo de Cinema Russo / De hoje até sábado (15) / Sala Walter da Silveira (R. Gen. Labatut, 27 - Barris) / Entrada franca / Programação: Hoje, 16h: Asas, 18h: O Destino de um homem / Amanhã (13), 16h: Os Sinos da Noite, 18h: Moscou não acredita em lágrimas / Sexta-feira (14), 18h: No Submundo de Moscou / Sábado (15) 16h: No Submundo de Moscou (dublado), 18h: Asas

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