Alunas recebem certificado do Bordado Solidário
Projeto serve para combater preconceito de idade
Sair da zona de conforto é difícil para algumas pessoas, principalmente quando a idade é um fator que contribui para um ritmo de vida mais acomodado.
Mas, quando você quer e recebe apoio para se movimentar e deixar o sedentarismo de lado, tudo fica mais fácil, apesar das dificuldades do caminho.
Esse exemplo foi dado por seis alunas do curso de bordado à mão, através do Projeto Bordado Solidário Sustentável, na Península de Itapagipe, na Cidade Baixa.
Durante alguns meses elas frequentaram as aulas ministradas pela advogada e artista plástica, Nathália Baraúna e ao final, muito além do certificado de conclusão, elas aprenderam valores como sustentabilidade, solidariedade, união e empreendedorismo.
O Projeto Bordado Solidário surgiu na península itapagipana com o objetivo de levar um aprendizado para as mulheres, ao tempo em que combatia o etarismo, que é o preconceito de idade. Quando a mulher vai envelhecendo, as opções de trabalho normalmente vão diminuindo e o preconceito vai aumentando.
E nessa fase, o trabalho encontra um pouco mais de resistência e dificuldade. Segundo Nathália Baraúnas, durante o curso ela percebeu que algumas das alunas tinham dificuldades de concentração, talvez pela vida atribulada que levavam.
A artista plástica disse que ao longo do curso ela empregou técnicas de meditação para conseguir acalmar as alunas e melhorar o aprendizado e o relacionamento entre elas.
Os trabalhos feitos pelas alunas do Projeto Bordado Solidário são baseados na temática religiosa e cultural da região de Itapagipe, incluindo artes sobre Irmã Dulce e a Igreja do Bonfim. O curso teve carga de 45 horas e os trabalhos ficaram em exposição no espaço do Coworking da Bahia Outlet Center, no Uruguai.