Maltratada, a Lagoa do Abaeté resiste e é homenageada
Comunidade comemora 30 anos da criação do Parque
A Lagoa do Abaeté é um dos monumentos mais tradicionais e visitado por turistas de todo o mundo e que foi cantada em verso e prosa por vários artistas. Mas esse patrimônio da Bahia clama por socorro e cuidados.
E para ecoar esse grito de socorro e ao mesmo tempo comemorar os 30 anos da criação do Parque Metropolitano Lagoas e Dunas do Abaeté, o Movimento Unidos por Itapuã realiza, nesse domingo, dia 03, um ato simbólico que ao mesmo tempo que homenageia a lagoa, serve como um apelo para as autoridades.
O evento está programado para começar às 9 horas e vai contar com uma vasta programação que inclui rituais ecumênicos, rodas de capoeira, dentre outras atividades.
O Grupo Unidos por Itapuã, que está à frente das atividades do próximo domingo, mostra realmente o trabalho de conscientização da própria comunidade, que se uniu em defesa daquele patrimônio.
O grupo tem na coordenação geral, Janemara Cirnes (Creche Escola Casarão Encantado), Flávio Machado (Banda Afro Pop Kimbaila), Jailton Nascimento (TV Favela) e Alfredo Almeida (Grupo Cultura Itapuanzeiros)
Situado na Área de Proteção Ambiental (APA) o Parque Metropolitano Lagoas e Dunas do Abaeté, foi criado pelo Decreto Estadual nº 351/1987, com o objetivo de proteger o local, que é de grande relevância ambiental, histórica, cultural, religiosa e econômica.
Mas a realidade hoje é muito preocupante e os moradores clamam às autoridades governamentais para a necessidade urgente de preservação da lagoa encantada e revitalização do Parque Metropolitano.
Segundo o Grupo Unidos por Itapuã, o local tem sua biodiversidade e ecossistema diariamente destruídos pela especulação imobiliária e o crescimento urbano desordenado.
Também é bom ressaltar que o local guarda a memória e a presença dos povos originários e negros, da arte e gastronomia, dos cultos religiosos e é um atrativo turístico gerador empregos e renda.
A programação começa às 9 horas, com um Ato Ecumênico com a presença de Mãe Cacau de Xangô, o Pastor Marcos e um padre. Na sequência haverá a leitura da Carta em Defesa do Abaeté. E para finalizar a programação, uma roda de capoeira e apresentação dos Tambores do Abaeté Queimai-la e Queimai-la.