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ACB em Foco

Por Georges Humbert*

ACERVO DA COLUNA
Publicado quarta-feira, 13 de agosto de 2025 às 2:28 h | Autor:

ACB é meio para a Sustentabilidade Empresarial

Confira a coluna ACB em Foco desta quarta-feira

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Georges Humbert
Georges Humbert -

Em um mundo cada vez mais interconectado e consciente das limitações dos recursos naturais, a sustentabilidade empresarial surge não só como tendência, mas como imperativo estratégico para a sobrevivência e crescimento das organizações. A ACB segue firme em auxiliar os empresários baianos na construção ou consolidação dos pilares fundamentais da sustentabilidade.

A sustentabilidade empresarial pode ser compreendida pela lente do ESG – Environmental (Ambiental), Social (Social) e Governance (Governança) –,que se destaca globalmente. No pilar ambiental, empresas devem priorizar ações que minimizem o impacto ecológico, como reduzir emissões de carbono, uso eficiente de recursos hídricos e de energias renováveis.

O social envolve compromisso com direitos humanos, diversidade e inclusão, e o bem-estar de comunidades afetadas por operações empresariais. Isso inclui programas de responsabilidade social corporativa, que vão além da filantropia, com equidade e desenvolvimento local. Governança refere-se à transparência, ética nos negócios e accountability, com mecanismos como conselhos independentes e relatórios integrados que divulgam não só resultados financeiros, mas impactos socioambientais.

Esses pilares não são isolados; se entrelaçam para criar um modelo de negócios resiliente, com vantagens competitivas, como acesso a financiamentos verdes e maior lealdade de consumidores conscientes.

Adotar a sustentabilidade não é só obrigação ética ou legal; é oportunidade econômica. Segundo estudos, empresas com fortes práticas ESG têm retornos financeiros superiores no longo prazo e menor volatilidade na crise. Na pandemia, organizações sustentáveis foram mais resilientes, adaptando-se rápido a mudanças globais. Além disso, a atração de talentos qualificados é facilitada: gerações mais jovens priorizam empregadores alinhados com valores ambientais e sociais. Na Bahia, com a biodiversidade multifacetada, a sede da Amazônia Azul, a força da indústria, agro, energia e desafios urbanos demandam planejamento e ação urgente. Ações de economia circular, como reciclagem e inovação em bioeconomia, não só reduzem custos operacionais, mas geram empregos e fomentam parcerias com o setor público.

Apesar dos benefícios, a sustentabilidade enfrenta obstáculos. Um dos principais é a resistência cultural interna, onde líderes veem as práticas como custos, em vez de investimentos. Outro é mensurar: como quantificar impactos sociais e ambientais de forma precisa? Ferramentas como os padrões do Global Reporting Initiative (GRI) e métricas do Sustainability Accounting Standards Board (SASB) são essenciais.

Para implementação eficaz, recomendam-se: Visão Estratégica - Integre a sustentabilidade ao plano de negócios, metas claras e mensuráveis, alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Capacitação e Treinamento - Educação contínua para colaboradores, promovendo cultura de sustentabilidade da base à alta administração. Parcerias e Colaborações - Engaje stakeholders, incluindo fornecedores, ONGs e governos, para co-criar soluções inovadoras. No Ibrades, fóruns facilitam esses diálogos. Monitoramento e Relato - Adote relatórios transparentes e auditorias independentes para construir confiança e atrair investidores.

Sustentabilidade empresarial não é escolha, é o presente, exigência aos rumos e perenidade dos negócios. No cenário de mudanças climáticas aceleradas e desigualdades sociais crescentes, empresas que o ignorarem arriscam obsolescência. Essa realidade não é fardo, mas uma fonte de inovação e prosperidade compartilhada. O sucesso sustentável é construído coletivamente, e a ACB quer ser sua base, seu alicerce, catalisador para empresários baianos, trabalhando juntos para uma Bahia mais justa, rica e ecologicamente equilibrada.

*Georges Humbert, advogado, professor universitário, presidente do Instituto Brasileiro de Direito e Sustentabilidade (Ibrades) e vice-presidente de Sustentabilidade da ACB

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