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ACB em Foco

Por Redação

ACERVO DA COLUNA
Publicado quarta-feira, 22 de outubro de 2025 às 2:28 h | Autor:

Bahia sustentável: entre o mar e a terra

Coluna ACB em Foco desta quarta-feira, 22

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Georges Humbert, vice-presidente de sustentabilidade da ACB
Georges Humbert, vice-presidente de sustentabilidade da ACB -

A Bahia vive um momento singular. Entre o sertão produtivo e o litoral mais extenso do Brasil, o estado desponta como símbolo de duas forças complementares: o agronegócio e a economia do mar. Ambos, sustentados em pilares de inovação e sustentabilidade, revelam o verdadeiro potencial de desenvolvimento regional quando o poder público, o setor produtivo e a ciência caminham juntos.

Nos últimos anos, o agronegócio baiano consolidou-se como motor do crescimento estadual. Segundo dados oficiais, a Bahia figura entre os maiores produtores agrícolas do País, com destaque para a soja, o milho, o algodão e as frutas tropicais. No Oeste, polos como Luís Eduardo Magalhães e Barreiras transformaram o cerrado em uma fronteira tecnológica do campo. Já no Sul e no Recôncavo, o cacau e a fruticultura seguem como vocações tradicionais, agora renovadas por práticas sustentáveis e pela agregação de valor à produção.

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Ao mesmo tempo, o litoral baiano, com mais de 1.100 quilômetros de extensão, desponta como fronteira estratégica da chamada economia azul. Portos como o de Salvador, Aratu e Ilhéus conectam o estado ao comércio internacional, movimentando grãos, combustíveis, minérios e contêineres. A pesca e a aquicultura, quando bem geridas, representam oportunidades para comunidades costeiras e para a segurança alimentar. O turismo náutico, por sua vez, é um vetor de geração de renda e de valorização ambiental.

A economia do mar envolve ainda áreas de alta tecnologia, biotecnologia marinha e logística portuária. São setores que exigem investimentos robustos e visão de longo prazo. A Bahia, com sua posição geográfica estratégica, tem todas as condições de liderar o Nordeste nesse campo — desde que haja políticas públicas integradas e segurança jurídica para atrair investimentos.

O resultado é claro: o agro baiano já gera e o mar tem potencial para bilhões em riquezas anuais, cria milhares de empregos e impulsiona as exportações, garantindo segurança alimentar e protagonismo nacional. Mas, o verdadeiro desafio é crescer com responsabilidade — unindo eficiência produtiva à proteção dos recursos naturais. Para tanto, são pilares ainda não solidificados a segurança jurídica, zoneamento e licenciamento qualificado e célere, com capacitação e dotação e prevalência municipal, na forma do federalismo ecológico de cooperação, determinado pela Constituição, pela Lei Complementar 140/11 e pelo STF, que nunca vetou exercício de competências municipais, salvo para a lista do artigo 7 da referida lei.

A ACB também tem se posicionado como ponte entre o setor produtivo, o governo e a sociedade, buscando construir um ambiente regulatório e institucional favorável ao investimento responsável. Entre os temas em pauta estão os marcos regulatórios, a desburocratização, a criação de incentivos para empresas que adotem práticas sustentáveis, a certificação e a implementação do ESG, focando-se, em especial, os micro, pequenos e macro e médios. O trabalho da ACB demonstra que sustentabilidade não é apenas um selo ou discurso, mas uma estratégia de competitividade e de perenidade empresarial. Ao promover debates, capacitações e parcerias, a entidade estimula empresários a repensarem seus modelos de gestão e a enxergarem o equilíbrio ambiental e social como investimento — e não custo.

Entre o mar e o sertão, o futuro da Bahia depende de uma equação complexa, mas promissora: infraestrutura eficiente, inovação constante e sustentabilidade efetiva. A integração entre agronegócio e economia do mar pode transformar o estado em um hub logístico e produtivo de alcance global. Mais do que cifras, trata-se de um projeto de Estado — capaz de equilibrar desenvolvimento econômico, inclusão social e preservação ambiental. Afinal, não há futuro possível para o progresso se ele não for sustentável e a ACB é a casa que, de forma transversal, é mola propulsora e o elo facilitador entre os empresários, o poder público e a sociedade.

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