Unidade com propósito: um novo marco para o associativismo e a eficiência do Estado
Confira a coluna ACB em Foco de hoje

Anteontem, vivemos um momento histórico na bicentenária Associação Comercial da Bahia (ACB) — a casa-mãe do associativismo no Brasil e nas Américas. Recebemos, pela primeira vez, a Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE) para debater uma pauta de Estado, suprapartidária e suprassegmental: a melhoria da qualidade dos gastos públicos.
Com o tema “Qualidade do Gasto Público e a Melhoria do Ambiente de Negócios", esse importante seminário reuniu a classe produtiva baiana, inclusive com a presença de lideranças do interior, representada por instituições como Fieb, Faeb, Fecomércio, ACB, FCDL, Fórum Empresarial da Bahia e Consempre. Em um ambiente harmonioso de diálogo construtivo e colaborativo, avançamos sobre aquilo que realmente importa: a reconstrução da credibilidade e da eficiência do Estado brasileiro.
A iniciativa não se deu de forma isolada. Soma-se ao “Primeiro Encontro Nacional de Integração do Associativismo”, realizado também na ACB, em 31 de março. Seu objetivo central foi unir forças da classe produtiva em torno de pautas comuns, capazes de melhorar o ambiente empresarial e gerar resultados concretos para toda a sociedade.
Ambos os encontros reforçam uma convicção: quem pode transformar o Brasil somos nós, minoria ativa e consciente formada pela classe produtiva, intelectuais, influenciadores, educadores, artistas e líderes políticos. Todos aqueles que, por meio da sociedade civil organizada, compreendem o valor do associativismo e da participação.
A boa notícia é que há um novo ambiente de cooperação se formando. Parlamentares de diferentes espectros ideológicos, gestores públicos e representantes da sociedade produtiva têm compreendido que eficiência, inovação e diálogo são exigências urgentes de um país que não pode mais adiar seu futuro.
Nesse sentido, entre as importantes contribuições dos participantes, destaque para a atuação do deputado estadual e diretor da ACB, Eduardo Salles, que defendeu a aprovação do Código de Defesa do Contribuinte da Bahia, proposto por nossa entidade há mais de uma década como medida para garantir justiça fiscal e segurança jurídica.
Nossos propósitos não se limitam a denunciar os supersalários ou a alta carga tributária, embora sejam igualmente temas relevantes. Nosso foco é a eficiência da máquina pública, o retorno adequado dos tributos pagos e a entrega de serviços com qualidade, especialmente nas áreas de saúde, educação e segurança.
Se recuperarmos a credibilidade e funcionalidade desses serviços, todos ganham: a população, com mais dignidade e bem-estar; as empresas, com menos custos indiretos e mais competitividade; e a própria democracia, com mais confiança e participação social. Vivemos em comunidade. Fazemos parte de uma cidade e não há cidadania sem responsabilidade coletiva. É nossa obrigação participar, sair da passividade.
Antes dos nossos objetivos pessoais, como cuidar da família, crescer nos negócios e produzir riqueza, temos um dever maior: desenvolver nossa inteligência cidadã e aprender que a democracia só exerce poder verdadeiro quando a maioria se torna consciente e participa. Por isso, encontros como os de 31 de março e 14 de abril não são eventos isolados, mas capítulos de uma nova história em construção. Vamos seguir avançando juntos, com consciência cidadã e, acima de tudo, com união e propósito.