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Armando Avena

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ACERVO DA COLUNA
Publicado quinta-feira, 02 de dezembro de 2021 às 6:03 h | Autor: Armando Avena - A TARDE

A economia vai superar a ômicron

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A variante ômicron passou a ser um novo fantasma a assustar a economia mundial. E, sem dúvida, traz uma grande preocupação, principalmente por conta da incerteza quanto ao efeito das vacinas. No caso do Brasil, a situação está mais controlada, com a população amplamente imunizada e mais resistente, isso sem contar que os laboratórios irão viabilizar novos imunizantes rapidamente. Ao que parece, o impacto será pequeno na maioria dos setores econômicos, com exceção, é claro, do segmento de grandes eventos e de viagens internacionais, que ainda não se recuperaram. Na Bahia, ambos os setores serão atingidos, no primeiro caso, o Festival da Virada de Salvador já foi cancelado e tudo indica que o Carnaval irá pelo mesmo caminho, e, no segundo, haverá prejuízo no âmbito do turismo internacional, já que os argentinos, que demandam muito a Bahia, deixarão de vir no verão que se aproxima.

Para os demais setores, no entanto, a situação não é tão preocupante, especialmente se o poder público agir com moderação e sem ações precipitadas, no sentido de restringir a atividade econômica. O impacto da ômicron vai ser menor na economia porque todos os setores já se adaptaram ao novo normal, seguem os protocolos adequados e mantém as medidas de segurança. É verdade que, se o nível de contágio da nova variante for efetivamente alto e se ela chegar com força ao Brasil, parte da população voltará a ter restrições em sair, mas isso ainda está no terreno das especulações e de concreto mesmo é o fato de que grande parte da população passou a conviver bem com as restrições, e nos shoppings e outros locais de Salvador é generalizado o uso de máscaras, ainda que se verifique alguma aglomeração.

Em reportagem da Folha de S. Paulo, o economista-chefe do UBS Global Wealth Management, Paul Donovan, lembrou que na primeira onda de Covid-19 cerca de 15% da atividade econômica na zona do euro foi eliminada, mas na segunda onda o impacto foi muito menor e resultou em uma queda de apenas 0,7% no Produto Interno Bruto. O mesmo aconteceu no Brasil. A verdade é que o dano econômico causado pela pandemia vem diminuindo e mesmo setores como o turismo já aprenderam a conviver com ela de modo que, com ou sem ômicron, as viagens internas vão se multiplicar e o verão baiano deve atrair milhares de turistas, sem eventos de porte grandioso, mas com capacidade de gerar oportunidades de negócios. No frigir dos ovos, o que vai afetar o desempenho da economia baiana e brasileira não será a variante ômicron, mas sim o aumento da inflação e o índice de desemprego, que fizeram com que o desempenho da Black Friday fosse muito inferior ao de outras edições, mostrando que este Natal será novamente um Natal de lembrancinhas, e o leitor não se surpreenda se essas lembrancinhas forem itens de consumo alimentício.

Nova livraria

Após o fechamento da maioria das lojas das Livrarias Cultura e Saraiva, ambas em recuperação judicial, uma nova rede de livrarias ampliou fortemente sua posição no mercado. Trata-se da Livraria Leitura, agora a maior rede de livrarias do país, com quase 100 lojas. Só este ano a livraria abriu 14 lojas, e nesta quinta-feira será inaugurada uma super loja no Salvador Shopping. E é com prazer que informo aos leitores que o primeiro lançamento na nova Livraria Leitura será do meu livro “Os 7 Vocábulos”, cuja noite de autógrafos está marcada para o dia 9 de dezembro, uma quinta-feira, de hoje a oito, a partir das 18 horas. Será uma honra autografar livros para meus amigos e leitores.

Quem gera emprego na Bahia

O município que mais gerou empregos na Bahia em 2021 foi Juazeiro. Foram criadas 7,8 mil novas vagas de trabalho com carteira assinada, enquanto Feira de Santana, com uma população três vezes maior, criou 6,5 mil, e Vitória da Conquista, terceira maior cidade do estado, gerou cerca de 6 mil vagas. Salvador criou 26 mil vagas e lidera em números absolutos, mas, proporcionalmente, a dinâmica de emprego em Juazeiro é maior. A explicação é a agricultura irrigada e a aglomeração urbana Juazeiro/Petrolina, capital do Vale do São Francisco, que polariza uma grande área nordestina. Na Bahia, outros destaques na geração de empregos são Lauro de Freitas e Luiz Eduardo Magalhães.

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