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As 20 maiores empresas da Bahia

Publicado quinta-feira, 07 de outubro de 2021 às 06:03 h | Autor: [email protected]

A Bahia tem 20 empresas entre as 1000 maiores do país, segundo a edição 2021 da publicação “Valor 1000”, que traz o ranking das maiores empresas brasileiras de acordo com os balanços divulgados em 2020. A Bahia é de longe o mais importante estado Nordeste, responsável por 47,1% da receita líquida das maiores empresas da região. Ou seja, as empresas baianas têm um faturamento maior do que as do Ceará, Maranhão e Pernambuco somados. A economia baiana responde por 1/3 do PIB do Nordeste, por 50% do comércio exterior e lidera a produção industrial, por isso é incontestável sua liderança econômica na região. A listagem mostra, no entanto, que a base produtiva da Bahia é mais concentrada na produção de commodities e de bens intermediários e de tal modo que das suas 20 maiores empresas, apenas quatro estão na área de varejo e serviços. É o oposto da economia do Ceará onde a maioria das empresas estão na área de alimentos e bebidas, têxtil e no comércio varejista. Note-se que, ao gerar muita mais riqueza, a Bahia gera também muito mais oportunidades de negócios, mas, inevitavelmente, parte desse dinamismo vaza para outros estados. Por isso, torna-se fundamental a adoção de políticas públicas visando verticalizar a cadeia produtiva no Estado. Mas também é fundamental que os segmentos de comércio e serviços procurem nichos de mercado que possam absorver o excedente gerado aqui. As duas maiores empresas com sede na Bahia são a Braskem, com um faturamento de R$ 58 bilhões, a 11ª maior empresa do país, e a Suzano, com faturamento de R$ 30 bilhões, a 27ª maior empresa brasileira, e ambas têm atuação nacional e internacional. A RLAM – Refinaria Landulpho Alves é maior empresa do estado, mas não tem sua sede aqui. A terceira maior empresa baiana é a Larco, especializada na área de petróleo e gás, seguindo-se a Paranapanema, com a mineração de cobre, e a estatal Embasa, formando o ranking das 5 maiores empresas baianas. As demais estão na área de petróleo e gás, química e petroquímica e metalurgia e mineração. Na área de comércio e serviços, o destaque vai para a rede Atakarejo, com um faturamento de R$ 2,3 bilhões e um lucro de quase R$ 60 milhões, mesmo em plena pandemia. Já a Le Biscuit, que faturou R$ 638 milhões, registrou prejuízo de R$ 55 milhões. Na área de serviços destaca-se a Santa Casa da Bahia, com faturamento de quase R$ 600 milhões e um prejuízo de R$ 36 milhões. Já o grupo a LM registra lucro de R$ 36 milhões. A boa notícia é que a publicação cita novos investimentos nas empresas baianas, na Braskem, na Bridgestone, nas mineradoras Colomi Iron e Equinox Gold, em energia solar e eólica, no Porto de Aratu e na conclusão da Ferrovia Oeste-Leste.

Salvador: cidade de serviços

Salvador é uma cidade que tem como pilar econômico o setor serviços. E a geração de empregos demonstra isso de forma contundente. Entre janeiro e agosto, a cidade gerou um saldo positivo de empregos, entre contratados e demitidos, de 21,6 mil trabalhadores com carteira assinada. Pois bem, mesmo sem estar com todas as atividades funcionando integralmente, especialmente na área de entretenimento, o setor de serviços foi responsável por 73% dos empregos criados. O comércio gerou 13%, a construção civil 10% e o restante ficou com o setor industrial. Salvador é uma cidade terciária, precisa de festas, congressos, eventos, turismo e todo tipo de serviço para assim ter emprego para sua população.

Combustíveis: a proposta de Lira

O Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, está propondo, com relação ao ICMS dos combustíveis, que o imposto incida sobre o preço médio dos últimos dois anos e não, como é feito agora, pelo preço médio dos últimos 15 dias. Com isso, haveria uma queda nos preços dos combustíveis, mas só no primeiro momento, pois os reajustes na base permaneceriam. É uma solução casuística e pode dar problemas no futuro. Além disso, a haveria perda de arrecadação significativa para os estados. A melhor solução seria o governo federal dar compensações para que os estados reduzam a alíquota do ICMS e/ou criar um fundo financeiro para compensar as elevações e quedas no preço do petróleo.

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