Bahia: o setor privado continua investindo

Apesar da instabilidade política, o setor privado continua acreditando no Brasil e investindo na economia. E a Bahia também é palco desses investimentos, que estão presentes em vários setores. Vale citar alguns exemplos, a começar pelo anúncio de que a Bahia vai sediar a primeira fábrica de hidrogênio verde do país. O hidrogênio verde é o combustível do futuro, é neutro em carbono, tem três vezes mais energia do que a gasolina e é uma fonte limpa, que não gera poluentes e pode ser produzido com energia renovável, como a eólica disponível no Nordeste. Pois bem, a Unigel, empresa sediada no Polo Industrial de Camaçari, vai investir 120 milhões de dólares para produzir hidrogênio verde a partir de energia eólica e está investindo também em território baiano na produção desse tipo de energia em parceria com a Casa dos Ventos.
Até o final de 2023 a Bahia será uma das maiores produtoras do mundo de hidrogênio e amônia verdes e em uma segunda fase do projeto prevista para entrar em atividade até 2025 vai quadruplicar essa produção. Um outro exemplo na área industrial é a Acelen, maior empresa da Bahia, que administra a Refinaria de Mataripe e vai investir R$1,1 bilhão em 2022 em modernização, expansão e melhorias da sua planta localizada em São Francisco do Conde. O valor é 2,5 vezes maior do que a Petrobras investia anualmente na unidade. Antes de ser privatizada, a refinaria produzia bem abaixo de sua capacidade, mas ampliou a produção de derivados de petróleo em 57%, tornando-o o principal produto da pauta de exportação baiana, responsável quase 30% do total exportado e fazendo a indústria baiana crescer quase 9% entre janeiro e maio de 2022.
Na área turística, foi anunciado um investimento de R$ 77 milhões na implementação de um resort a ser construído em Baixio, no Litoral Norte. O projeto global é muito mais ambicioso e prevê investimento intensivo de R$ 2,9 bilhões em seis 6 anos, o que representa o maior investimento turístico e imobiliário do Brasil. Na área de energia, a Bahia já é o maior produtor nacional de energia eólica, com 227 parques em operação e investimentos que atingem R$ 23 bilhões, e tudo no âmbito privado. No agronegócio, há investimento privado de porte previsto para várias regiões, a exemplo do Oeste, Baixio de Irecê, Vale do São Francisco e outras regiões. E isso sem falar na mineração, uma das áreas de expansão da economia baiana, com investimentos da Bamin e de outras empresas. Para completar, se verifica uma verdadeira revolução no setor de saúde, com grandes grupos nacionais investindo na Bahia e a construção de hospitais e outros investimentos. E esses são apenas alguns exemplos, afinal, apesar das crises artificiais geradas pelos políticos, o que desestimula o investimento, o setor privado permanece investindo na Bahia e no Brasil.