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Armando Avena

Por Armando Avena

ACERVO DA COLUNA
Publicado quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025 às 3:00 h | Autor: Armando Avena - A TARDE

Economia do Axé: 40 anos de Carnaval

Confira a coluna do economista Armando Avena

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Imagem ilustrativa da imagem Economia do Axé: 40 anos de Carnaval
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No final dos anos 90, quando a “axé music” atingiu seu auge e o Carnaval de Salvador tornou-se a festa mais desejada pelos brasileiros, escrevi um artigo, intitulado “ A Economia do Axé”, no qual afirmava que o Carnaval de Salvador havia, finalmente, se rendido ao capital tornando-se, além de uma maravilhosa explosão de alegria e prazer, uma atividade econômica de porte.

Agora, em 2025, quando se comemora 40 anos do Axé, o Carnaval já é vital para a economia soteropolitana não apenas por sua capacidade de atrair milhares de turistas e pela geração de emprego e renda, mas principalmente porque essa economia se desdobra em vários segmentos. E, assim, a maior parte da matriz econômica da cidade é estimulada pela festa, envolvendo não só o segmento turístico e de entretenimento propriamente dito, mas também o setor de bares e restaurantes, o segmento imobiliário, a produção de vestimentas e adereços, transporte, alimentação, segurança e todo o espectro do setor de serviços.

Este ano, o Carnaval de Salvador deve gerar uma movimentação financeira da ordem de R$ 2 bilhões, representando cerca de 15% da receita de R$ 12 bilhões gerada pela festa no Brasil, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Este ano, a cidade deve receber cerca de 850 mil turistas, um aumento de 6,6% em relação ao ano passado, segundo o Observatório do Turismo da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e, embora mais da metade desse total seja de baianos vindos do interior do Estado, ainda assim é uma movimentação de peso. E já sabemos que entre os turistas extra-estaduais, a maioria vem de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais com maior capacidade de gasto diário que outros estados.

Aqui cabe perguntar: que outro evento é capaz de movimentar tal montante em pouco mais ou menos de sete dias? E, além disso, vale ressaltar a importância da festa para a população mais pobre que encontra trabalho neste período e estima-se que 200 mil vagas de emprego serão geradas. O número inclui, provavelmente, toda a cadeia de emprego informal que a festa viabiliza, incluindo os milhares de vendedores ambulantes que vendem todo tipo de produto.

A Prefeitura de Salvador não informou o valor das receitas de patrocínio auferidas com a festa, mas estima-se que foram superiores a R$ 60 milhões, o que faz do Carnaval um evento superavitário. Entre as empresas que compraram cotas, está a Ambev, patrocinadora oficial, conforme contrato vigora até esse ano, além do Mercado Pago, que aumentou sua cota, sendo patrocinador pelo segundo ano consecutivo. Além desses, está o iFood e outras empresas que completam o leque de patrocinadores.

Em resumo: pode-se afirmar que, ao completar 40 anos de Axé, o Carnaval de Salvador, que está em constante transformação, tornou-se um evento gigante que mobiliza toda a cidade, gera milhares de empregos temporários e movimenta milhões de reais, além de trazer para a ruas a alegria que é marca registrada do povo da Bahia.

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