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Armando Avena

Por Armando Avena

ACERVO DA COLUNA
Publicado quinta-feira, 07 de setembro de 2023 às 2:30 h | Autor: Armando Avena - A TARDE

Quais são as maiores empresas da Bahia?

Confira a coluna de Armando Avena desta quinta-feira

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A maior empresa com sede na Bahia é  Brasken, com um faturamento de R$ 96 bilhões
A maior empresa com sede na Bahia é Brasken, com um faturamento de R$ 96 bilhões -

A Bahia tem 22 empresas entre as 1000 maiores do país, segundo a edição 2023 da publicação “Valor 1000”, que traz o ranking das maiores empresas brasileiras e foi divulgado na semana passada.

A Bahia é de longe o mais importante estado do Nordeste, responsável por 57% da receita líquida das maiores empresas da região. Ou seja, as maiores empresas da Bahia têm um faturamento maior do que as do Ceará, Maranhão e Pernambuco somados. Mas ainda é um pingo em relação ao país, representando apenas 2% das empresas brasileiras e 3,5% da receita líquida. Vale lembrar que esse é um ranking geográfico, ou seja, registra empresas que declararam a sede em determinado estado, de modo que a OEC Construção, por exemplo, a maior empresa brasileira no segmento Engenharia e Construção, com forte ligações com a Bahia já que é uma empresa da Novonor, ex-Odebrecht, não aparece, pois sua sede é em São Paulo.

A economia baiana responde por 1/3 do PIB do Nordeste, por mais de 50% do comércio exterior e lidera a produção industrial, por isso é incontestável sua liderança econômica na região. A listagem mostra, no entanto, que a base produtiva da Bahia é mais concentrada em grandes empresas dedicadas à produção de commodities e de bens intermediários e de tal modo que das 22 maiores empresas, apenas três estão na área de varejo e serviços. É o oposto da economia do Ceará, que tem 18 empresas entre as mil maiores, mas concentrada em empresas médias e a maioria delas na área de alimentos e bebidas, têxtil, moda e no comércio varejista. O mesmo se dá com Pernambuco, com 13 empresas (a Stellantis não aparece, pois a sede é em Minas), que também se caracteriza pela produção de bens finais.

Note-se que, ao gerar muito mais riqueza, a Bahia gera também muito mais oportunidades de negócios, mas, inevitavelmente, parte desse dinamismo vaza para outros estados e outros países, pois é lá que a commodities são processadas.

Por isso, torna-se fundamental a adoção de políticas públicas visando incentivar a verticalização da cadeia produtiva no Estado, algo que se busca há 30 anos. Mas é fundamental que o empresariado industrial e, também da área de comércio e serviços, procurem nichos de mercado que possam absorver o excedente gerado aqui.

As três maiores empresas com sede na Bahia são a Braskem, com um faturamento de R$ 96 bilhões, a 11ª maior empresa do país; a Acelen, com faturamento de R$ 57 bilhões; e a Suzano, com receita líquida de R$ 49 bilhões, a 23ª colocada. A Acelen saltou da 92ª posição para o 20º lugar no ranking, um desempenho excepcional.

As demais empresas estão na área de petróleo e gás, química e petroquímica, metalurgia e mineração. Na área de comércio e serviços, o destaque vai para a rede Atakarejo, com um faturamento de R$ 3,2 bilhões e lucro de R$ 30 milhões; a Le Biscuit, que faturou R$ 775 milhões e teve prejuízo de R$ 100 milhões e o grupo LM, que registra lucro de R$ 30 milhões. O ranking baseia-se na publicação de balanços, por isso, algumas empresas baianas de capital fechado não aparecem.

PIB da Bahia no semestre

O PIB da Bahia cresceu 1,8% no 1º semestre de 2023, em comparação com igual período do ano anterior, um desempenho inferior ao PIB brasileiro, que cresceu 2,7%. Nos seis primeiros meses do ano, o crescimento do setor agropecuário baiano decepcionou, foi de apenas 4,1%, contra quase 18% do incremento nacional. Mas o que impediu o PIB de crescer mais foi o setor industrial com queda de -1,8%, frente ao crescimento nacional de 1,7%. Apenas o setor de serviços, com incremento de 3,5% conseguiu crescer acima da média nacional. Destaque-se no setor de serviços, o comércio baiano, que cresceu 5,6%, quase cinco vezes mais que o desempenho nacional e o setor de transporte com incremento de 8,2%.

A indústria baiana em queda

Já no 2º trimestre, o PIB da Bahia cresceu 2,7%, em relação ao mesmo período do ano passado, menos do que o Brasil que cresceu 3,4%. Quem está impedindo um crescimento maior do PIB baiano é o setor industrial. No 1º semestre de 2023, a indústria de transformação caiu 4,5%, a extrativa se reduziu em quase 8% e a construção civil sofreu queda de 1%. A indústria na Bahia passa por uma fase difícil, pois as commodities minerais estão em baixa no mercado, inclusive petróleo e petroquímica e metalurgia. Os dados são da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais -SEI. P.S: Aviso aos meus queridos leitores que tiro duas semanas de férias.

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