Amor animal
Confira o Editorial dessa sexta-feira do Grupo A Tarde
A inauguração do Hospital Municipal Veterinário não apenas contribui para atender uma elevada demanda, mas também ajuda na humanização, com a experiência do afeto com animais desamparados.
O contato fortalecido pela empatia – colocar-se no lugar de outro ser – é a oportunidade de pessoas distanciadas da compaixão por quem precisa e é desprovido de consciência, como no mundo de cães e gatos.
Sob todos os prismas por meio dos quais se possa observar e julgar, a iniciativa é recheada de valores morais os mais preciosos, acrescentando-se a ausência da lógica do acúmulo, pois os protetores não visam lucro.
É o mais puro dos amores instalado no primeiro estabelecimento do tipo em Salvador, na avenida Arthemio Valente. Os pacientes podem ensinar muito às pessoas porque não têm malícia e existem sem esconder intenções e desejos, carentes do “véu-de-maia”, como é chamada a máscara de ego utilizada pelos indivíduos humanos.
O presente ofertado pela municipalidade foi entregue pelo prefeito Bruno Reis na programação de aniversário da primeira capital, em investimento de R$ 14 milhões, funcionando todos os dias, com oferta de 70 leitos.
A unidade serve de lição a transbordar para todo o país e até o exterior, atendendo tutores independentes e de ONGs, em 50 acolhimentos diários do relacionamento saudável de “gente” e “bicho”.
A iniciativa da secretária de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-estar e Proteção Animal, Marcelle Moraes, permite a perspectiva de aumento no número de vagas, levando em conta a procura já nos primeiros dias de funcionamento da unidade.
Não há como estimar o efeito para o convívio nas comunidades e condomínios, verificando-se boas razões de cuidar melhor da vida de todas e todos – o bem maior.