Cultura que se transforma
Secretário de Cultura do Estado da Bahia, Bruno Monteiro, fala sobre o Dia Nacional da Cultura
O 5 de novembro, Dia Nacional da Cultura, nos oferece a possibilidade de celebrar a diversidade que enriquece a cultura, mas também nos convoca a refletir sobre o papel decisivo que ela tem nesse momento de reconstrução do país.
Motor das melhores expectativas, a cultura triunfa em 2023 como símbolo de liberdade e tradição; de ruptura e inovação. O campo no qual entram em jogo noções emancipatórias em prol da construção de uma democracia mais sólida. O que exige da gestão pública uma explícita definição da sua importância no desenvolvimento cultural. Compete ao Estado não apenas gerir recursos públicos, como debater e criar políticas eficientes, pautadas por valores de inclusão e justiça.
É o que temos feito na Secretaria de Cultura da Bahia. Visando garantir ampla participação social nas nossas decisões e que os recursos sejam distribuídos de maneira justa e democrática, desempenhamos nossas políticas pautadas na inclusão, especialmente da diversidade territorial, étnico-racial e de gênero. A exemplo da condução da Paulo Gustavo Bahia. Sublinhamos a necessidade de valorização das diferenças como matriz dessa gestão. Pois acreditamos que as diferenças são portadoras de significação social e traduzem, através das tensões que provocam, as mudanças de que tanto necessita a sociedade.
A fim justamente de assegurar mudanças é que a SecultBa tem mobilizado esforços no sentido de romper com as visões de cultura como algo reduzido. O nosso desafio tem sido o de ampliar a noção de cultura para aquela que abarca todos os saberes e fazeres que são engendrados e representados simbolicamente em todos os territórios do estado. Por isso falamos, insistentemente, na consolidação da Política de Territorialização da Cultura. Se a cultura é patrimônio materialmente inscrito no território, ela é também potência que precisa ser reconhecida, fomentada e difundida em toda a sua extensão.
Nesse sentido, o Governo tem chamado para si uma responsabilidade intrasferível: a de democratizar a cultura para efetivar a democracia. Em outras palavras, tornar tangível o nosso projeto. Trata-se de uma verdadeira missão e compromisso público com o desenvolvimento cultural da Bahia e com o bem-estar das pessoas. Precisamos construir uma cultura que não tenha medo de ser para todas e todos os baianos. Porque uma cultura que se transforma, transforma o mundo.
E nesse Dia da Cultura celebramos o esplendor da cultura baiana com o anúncio, pelo governador Jerônimo Rodrigues, da requalificação da Sala Principal, Foyer e Centro Técnico do Teatro Castro Alves, o mais importante palco da cultura baiana, que será mais inclusivo, mais moderno, mais acessível, mantendo sua essência de ser um clássico contemporâneo.