Editorial - A Bahia da pesca
“Censo Estrutural da Piscicultura” foi lançado neste mês
Dona do maior litoral do Brasil, passando dos mil e cem quilômetros, ou mais de 10% do país, além de extensa malha fluvial, a Bahia embarcou na nau do conhecimento, em relação à pesca, visando estratégias de apoio ao setor.
O “Censo Estrutural da Piscicultura”, como é denominado o trabalho, lançado este mês, no município de Paulo Afonso, no Norte baiano, é a boa iniciativa da Bahiapesca, autarquia do governo do estado responsável pela atividade.
Em vez de “achismos” baseados em táticas precárias de “chutômetros”, como se diz no senso comum, agora será possível identificar com precisão os locais de maior piscosidade e os custos, visando atrair investimentos sem erro.
Serão encarregadas as equipes de recenseamento por definir mapas das redes produtivas, bem como atualizar cadastro dos trabalhadores do mar, os pescadores, cuja origem remonta à Antiguidade e ao início da Era Cristã.
O instrumento, baseado em técnicas comprovadas de aferição, ao sustentar tendências nas águas baianas, pretende tornar-se de inestimável relevância para os herdeiros de Zebedeu, pai dos apóstolos especialistas em peixes.
Não se trata de milagre, no entanto, e sim por condução pela ciência, o desenho das rotas de pesquisa, a começar na Lagoa do Junco, na Barragem de Xingó, empreendimento pioneiro de criação de alevinos, há 26 anos.
Outros territórios alcançados são os do Sertão do São Francisco, onde está o Lago de Sobradinho; Bacia do Rio Grande, incluindo Barreiras e São Desidério; e o do Recôncavo – Cachoeira, Santo Amaro, Cruz das Almas e Maragogipe.
Consciente da importância da comunicação para o êxito almejado, no ato de persuadir os maiores interessados, as associações e comunidades, o presidente da BahiaPesca, Daniel Victoria, esteve na sede do Grupo A TARDE, abrindo portas para voltar tão logo possa noticiar os primeiros resultados.