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Por José Medrado | [email protected]

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ACERVO DA COLUNA
Publicado quarta-feira, 02 de novembro de 2022 às 10:22 h | Autor:

Espiritismo é progressista

Artigo aponta o uso da fé em meio às eleições

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Lula foi eleito e o ideal democrático brasileiro reforçado. Sempre teremos uma infinidade de motivos a escutar porque milhões queiram a manutenção do presidente Bolsonaro e porque outros tantos milhões queriam e fizeram o retorno do agora eleito Lula. Haverá argumento para todos. Via, especialmente preocupado, que as religiões, este é meu canal de atuação, em suas estruturas de laicidade do Brasil sendo minada, fazendo com que o segmento religioso fosse cooptado como verdadeiro partido político e se impondo por vontade do casal Bolsonaro. Preocupava-me a crescente intolerância religiosa e aberta satanização de pessoas e religiões. Essa questão estava tçao fortemente ativa, que a minha religião entrou nessa ciranda pertubadora de tal forma, que líderes começaram a "receber" mensagens espirituais como seu os seus signatários fosses cabos eleitorais. Um festival de mistificação e achismo.

É bom entender que em um processo político, que determinará futuros de cidades, estados e o país, natural se faz as discussões do que seja o alinhamento com os ideais defendidos como as melhores, não em demandas pessoais, mas em lutas coletivas. Tadvia, partidarizar a religião em cima de forjadas premissas indutoras para pessoas e suas ideologias a mim parece fora de propósito do próprio ideal de qualquer religião. O espiritismo, por exemplo, buscou no iluminismo ou filosofia das luzes, imprimir em seu edifício doutrinário a confiança no progresso e na razão, pelo desafio ao conservadorismo sem nexo, na compreensão da jornada individual do ser, com o incentivo à liberdade de pensamento, no avanço civilizatório.

O espiritismo, assim, é considerado um libertador de consciência, em avanços sempre progressistas, calçando no iluminismo seu viés de concepção da sociedade. É uma emancipação do ser humano pela razão. Assim, defender estruturas de retrocesso, no âmbito social, a partir inclusive de conceitos de família sem cabimento no século XXI é, no meu sentir, uma apropriação deformadora dos alicerces espíritas. Nesse contexto de avanço, pensando o existir e calçado nas ciências de todas as vertentes se assenta a necessidade de aliar a razão à fé, ou seja, tornar a fé raciocinada. Portanto, o espírita realmente em sintonia com os pressupostos lançados por Kardec aparece no seu método, na compreensão da transformação e evolutiva da sociedade em seus costumes, em suas mudanças de consciência, através da força irresistível do progresso. Infelizmente, o cenário político levou muitos espíritas a trazerem seus equivocados e talvez conturbados conceitos para o seio da religião que por si mesma já se posiciona como agregadora, atual e não engessada em paradigmas de extrema-direita, focando pelo espectro político.

* José Medrado é Mestre em família pela Ucsal e fundador da Cidade da Luz

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