Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > colunistas > ARTIGOS
COLUNA

Artigos

Por Jolivaldo Freitas

Artigos
ACERVO DA COLUNA
Publicado quinta-feira, 26 de outubro de 2023 às 9:29 h | Autor:

Mania de matar os personagens

Jornalista faz análise sobre o mundo das novelas, filmes e séries

Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email
Jolivaldo Freitas é escritor e jornalista
Jolivaldo Freitas é escritor e jornalista -

Está na onda, na vibe, no sistema, no processo de criatividade uma nova mania dos criadores e diretores de filmes, séries e novelas que é a de matar o mais simpáticos dos personagens. Não era assim antes, lá em tempos idos. Quem teria a coragem de matar Lobo, da História em Qudrinhos do Fantasma? Quem seria louco de tirar do ar - não haveria argumento plausível - o Moleque Saci, da novela "Jerônimo, o Herói do Sertão"? Imagine tirar assim do nada uma personagem como Crô, de "Fina Estampa".

Na mítica séria "Star Trek", não some do nada um personagem principal e isso é uma garantia de satisfação para os trekiers que cultuam cada vez mais os (as) personagens. Quando os Borgs assimilaram o capitão Jan-Luc Picard, da nova USS Enterprise, foi uma consternação, mas tempos depois ele consegue driblar o inimigo e voltar melhor e mais denso do que antes. Mas desde que os diretores da icônica série Games off Trhones mostraram para o que vieram e nada ficaria de pé como antes e mataram no nono capírulo da série o Eddard Stark e logo na outra temporada mandaram para o espaço o simpático Khal Drogo e não ficou só nisso por que até o lobo preto se escafedeu, tudo ficou de cabeça para baixo.

Tudo sobre Artigos em primeira mão!
Entre no canal do WhatsApp.

Exemplo são as novelas da Globo onde se mata personagem que vem dando certo, do nada. Mata-se personagens que seriam interessantes para elucidar um crime e depois o autor fica doido buscando culpados até que encaixa um algum no processo, como se misturasse leite com manga (segundo a tese popular a fórmula pode matar) e isso não se faz. Na novela Terra e Paixão, do nada, de nadinha mesmo, mataram Daniel, irmão de Caio e a partir daí foi um "Deus nos acuda" para explicar, achar a causa, enredar Irene, numa trapalhada que parecia tentar arrebanhar e conduzir para casa uma corda de caranguejo.

Na piração para promover audiência os autorers da novelas têm mesmo é promovido constantes reviravolta. Terra e Paixão atira a esmo e está perdida na encruzilhada. Outras novelas e séries andam no mesmo caminho. Tomara que Games of Thrones volte ressuscitando todos os que morreram de forma inglória. Em Games pelo pelo menos havia o fator surpresa e causa e efeito explicados a seguir.

Jolivaldo Freitas é escritor e jornalista. Autor do romance "Os Zuavos Bahianos contra Dom Pedro, os Gaúchos e o Satanás".

Siga o A TARDE no Google Notícias e receba os principais destaques do dia.

Participe também do nosso canal no WhatsApp.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Tags

Assine a newsletter e receba conteúdos da coluna O Carrasco