O exemplo da boa gestão
O indicador de gestão fiscal impõe aos administradores dos municípios verificar se têm mesmo razões para comemorar o resultado dos trabalhos e, principalmente, quais as oportunidades de aprimoramento nas rotinas produtivas tendo o bem comum como única finalidade.
Não é difícil perceber as dificuldades enfrentadas, despontando, em contrapartida, as referências positivas, como forma de ajudar a conduzir as melhores escolhas: Camaçari, nosso destaque entre as cidades do interior, faz par afinado com Salvador, a campeã das capitais do país.
Ambas indicam em sintonia um dos aspectos mais relevantes, redobrando-se a atenção com o monitoramento do cotidiano de repartições, tendo por pilastra maior a profissionalização das equipes, atualizando-se incessantemente os conceitos para melhor gerir.
Merecedora da manchete da edição de ontem de A TARDE, a primeira capital apresentou o melhor desempenho entre 5.200 prefeituras brasileiras analisadas em criterioso estudo promovido pelo Sistema Firjan, tomando como base os dados relacionados ao exercício de 2020.
Teria conquistado o exemplo soteropolitano uma elogiável nota 9,4, se fosse o caso de uma prova, pois o indicador local alcançou 0,9401, um pouco abaixo dos 0,9765 de Camaçari, tendo Barreiras, na Região Oeste, chegado a 0,8849, compondo, assim o trio baiano de maior sucesso.
Os três resultados alcançam a condição de excelência, a “arethé”, virtude orientadora do progresso civilizacional desde os primórdios, quando a humanidade começou a forjar, ainda na Antiguidade Clássica, os meios de governar as primeiras pólis, como foram nomeados os pioneiros adensamentos populacionais.
A pesquisa pode incentivar a melhorar mais da metade de 417 municipalidades em situação crítica; além de 35% entre aquelas a enfrentar grandes adversidades, mas não deve manter em zona de conforto as 14% avaliadas de boas para ótimas, pois há sempre como melhorar, quando se trata de servir bem a quem constitui a razão de ser de todo projeto de poder público.