500 milhões de toneladas de grãos em cinco anos. Conseguimos?
Podemos dobrar a produtividade em todas as culturas, com inovação e boas práticas conservacionistas
Temos todas as condições para conseguir. O que fizemos até aqui no agro brasileiro é a explicação maior desse desafio acima não ser apenas uma utopia ilusória, e sim um legítimo sonho realizável.
E por que agora deveríamos reunir a sociedade civil organizada e não permitir que fiquemos parados esperando a eleição passar? Por que não temos esse tempo para perder.
Um planejamento estratégico das cadeias produtivas do agro nacional significa proteger a dignidade do povo brasileiro e apresentar para o mundo um dos maiores sentidos pelo qual nosso país está na terra: potência agroalimentar e ambiental.
Temos ciência, tecnologias, empreendedores, cooperativas, indústrias, comércio e serviços. E recursos humanos com vontade e capacidade.
Acompanhamos a insegurança da produção de commodities que assola o planeta em função da guerra de dois países de elevada importância na produção de grãos, como milho, soja, cevada, trigo, essenciais na base da pirâmide alimentar além de energia.
A pandemia associada à guerra aumentou a insegurança alimentar da humanidade onde a FAO afirma que somos cerca de 4 bilhões de seres humanos em risco de insegurança alimentar, e já somos mais de 800 milhões na faixa da fome planetária.
No Brasil produzimos em cerca de apenas 70 milhões de hectares hoje. E já temos como áreas abertas, degradadas, onde podemos fazer agricultura de baixo carbono, abc, com integração lavoura e pecuária e idealmente lavoura pecuária e floresta, pelo menos outros 70 milhões de hectares.
Além de dobrar a área brasileira agrícola de tamanho sem tirar uma árvore e dentro da lei do código florestal, podemos dobrar a produtividade em todas as culturas, com inovação e boas práticas conservacionistas e juntar a isso agregação de valor agroindustrial.
Um grande baiano, Raul Seixas, cantou: “sonho que se sonha só é só sonho, sonho que se sonha junto é realidade”.
Planejamento estratégico já, não temos tempo de pelas eleições esperar.
Que a sociedade civil organizada atue imediatamente, juntos, aí vira realidade.