"Coops vão mostrar ao mundo a que vieram no palco COP-30”
Confira a coluna A TARDE Agro
Conversei com o presidente da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Márcio Lopes, também membro da Aliança Internacional das Cooperativas (AIC), em ano de COP-29, e no ano que vem COP-30 e o Ano Internacional do Cooperativismo. Então perguntei a Márcio Lopes quais serão os preparativos para essa data pela OCB e ele me respondeu: “Nós estamos tão preocupados com o tema de mudança climática e com o modelo de negócio cooperativo, e no que isso pode afetar a nossa capacidade de gerar prosperidade para as pessoas, que eu venho me preparando para isso há quatro COPs.
Essa é a quinta que participamos. Eu coloquei o meu pessoal para estudar um pouco mais, conhecer, perceber, ver o ambiente, medir a temperatura e, com isso, nós temos nos preparado junto com parceiros, as vezes de Governo, as vezes privados, a estarem juntos. Estou com uma equipe grande lá no Azerbaijão e esse ano foi o pessoal do crédito, que é o tema principal da COP: financiamento e como as cooperativas de crédito podem se inserir nisso”, disse Lopes.
Ele também questionou “como o cooperativismo pode usar os mecanismos de financiamento da sustentabilidade e de mitigação dos efeitos climáticos? Esse compromisso, que é da humanidade, tem de ser de cada um pegando a sua parte. Por exemplo, o Matheus Kfouri Marino, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, está lá nos representado. Está lá a Cooxupé, mostrando os projetos dela, está a Sicoob, a Sicredi, a Cresol conhecendo esse mecanismo. Então nós vimos que isso é uma oportunidade muito interessante, a COP em si”.
O coroamento das Nações Unidas reconhecendo mais uma vez o cooperativismo com o Ano Internacional do Cooperativismo em 2025, para Lopes, “é ter reconhecido que o modelo de negócio cooperativo é extremamente positivo para o mundo, mitiga efeitos ruins de todos os tipos, ajuda a superar processos de transformação e temos de estar à altura para dar as respostas que a sociedade está esperando”.
Lopes finaliza dizendo que “2025 vai ser um ano onde vamos contar histórias um pouco mais avançadas do nosso cooperativismo e a capacidade transformadora dele e não do capital específico da cooperativa, mas da base, da sociedade onde a cooperativa está inserida. A capacidade que teve a Comigo de transformar Rio Verde numa agrocapital de respeito, no meio do estado de Goiás. Porque o agro brasileiro e as cooperativas não querem status, apesar de serem agro e terem orgulho de ser agro, boa parte delas não quer ir para o corner para levar pancada de ONG, mas, sim, mostrar que fazem sua parte e o grande palco é a COP-30”.
Márcio Lopes, parabéns, e vamos para 30 milhões de cooperados no Brasil e para 1 trilhão de movimento financeiro, porque como diz Roberto Rodrigues, “líder de cooperativa merece o Nobel da Paz”.