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A TARDE Agro
Entre ‘tapas e beijos’, o bom senso irá prevalecer
Confira a coluna A TARDE Agro desta segunda-feira
Uma fase fortíssima de polarizações, “uns" contra os “outros" , incluindo medo e receios por parte de “uns" do agronegocio, acreditando em um apocalipse now, em função da mudança de governo, enquanto “outros", ao contrário, dizem: apocalipse NO.
Em nível internacional, uma carga de cobranças fortíssima: “Desmatamento zero", leis determinando e proibindo a importação de uma lista de produtos que fossem originados em áreas desmatadas a partir de 2020, enquanto “outros", tradings que realizam e fazem o comércio mundial, recebem autorização do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para a organização de uma “plataforma de sustentabilidade".
Enquanto isso, em um show do Cold Play pró-meio ambiente, o presidente Lula é ovacionado. E discursando na cúpula internacional do novo pacto global em Paris, ao lado de líderes mundiais e do presidente Macron, levanta a voz, cobrando os US$ 100 bilhões prometidos faz tempo para ações científicas e combate à desigualdade, objetivando mitigar mudanças climáticas que até agora não vieram. Foi muito veemente, cobrando recursos dos países ricos para o combate à fome e desigualdade; e após o “tapa" recebeu um "beijo", quando Macron disse que a primeira parte desse recurso está sendo liberado.
E aí voltamos ao Brasil, hoje o único país estratégico com escala planetária para ser o protagonista alimentar, energético e ambiental do mundo. Estamos na expectativa do Plano Safra 23/24 robusto, enquanto o BC não gosta da ideia. Estamos no “uns contra os outros" da reforma tributária e da taxa de juros. Exemplos são abundantes e os encontramos em distintos níveis de dimensões, de gigantescos a outros pequenos, mas espetaculares da mesma forma, principalmente estes últimos, quando reunidos em cooperativas.
Um que me chamou atenção pela dimensão, e por ser exatamente no bioma amazônico, é o do grupo BBF, Brasil Bio Fuel. Uma iniciativa exemplar agro florestal em consórcio de açaí, com cacau e palma, que além de vir a ser o maior produtor de cacau do mundo, irá produzir o diesel verde para aviação. Conversando com Marcio Grangeiro, secretário de Agricultura e Inovação de Roraima, ouvi ser exatamente ali um estado onde segurança jurídica virou sinônimo de “governança fundiária". E na Bahia? Da mesma forma tem gente que faz, e nos inspira para crescer. O bom senso irá prevalecer, não por que queiramos, mas porque será vital para viver.
