Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > colunistas > A TARDE AGRO
COLUNA

A TARDE Agro

Por José Luiz Tejon

ACERVO DA COLUNA
Publicado segunda-feira, 16 de dezembro de 2024 às 2:00 h | Autor: José Luiz Tejon

Famílias agrícolas da fumicultura estão em alerta

Confira a coluna A TARDE Agro

Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email
Imagem ilustrativa da imagem Famílias agrícolas da fumicultura estão em alerta
-

A Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) informa existirem 12.698 famílias que vivem da atividade fumageira no Nordeste. E por que estão em estado de alerta, de atenção?

O Sindicato da Indústria do Tabaco do Estado da Bahia (Sinditabaco-BA) soltou uma nota com o seguinte teor: “Em análise no Supremo Tribunal Federal, a possível restrição a ingredientes de produtos fumígenos pode tirar renda de mais de 12 mil famílias produtoras no Nordeste”.

O sindicato encaminhou ao secretário da Casa Civil da Bahia um ofício alertando para os prejuízos que podem existir com uma possível decisão favorável do STF quanto à possibilidade de que a Anvisa proíba ingredientes dos produtos de tabaco.

Segundo essa entidade, a decisão pela restrição, hoje suspensa pela Justiça, acarretará no fechamento de empresas, impactará centenas de artesãos e eliminará setores produtivos formais do estado da Bahia, como os de cigarrilhas e fumo de corda. O Sinditabaco-BA acrescenta que haverá uma perda de arrecadação e, em consequência, o aumento do consumo ilegal, quando não há controle sanitário nem recolhimento de impostos: “De três cigarros, um é ilegal, se for implementada a restrição prevista na RDC 14/2012, a previsão é de que a proporção cresça, pois o mercado ilegal não se submete à Anvisa”.

Existem temas extremamente delicados, onde é muito sutil a distância que separa o bem do mal, as boas intenções das malévolas. Não estamos aqui defendendo o vício de ser fumante, porém a atividade da fumicultura brasileira tem regras que conheço e considero extremamente positivas no campo, nas relações entre as indústrias com as famílias agrícolas, incluindo deveres sustentáveis e de não se estabelecer uma dependência da renda dos produtores de forma exclusiva da atividade fumageira.

Somos também, o Brasil, o 2º maior exportador de tabaco do mundo, atrás da China, e do total cultivado nas lavouras brasileiras mais de 85% vai para outros países, e ainda ocupamos o 3º lugar mundial no ranking de tributação sobre cigarros.

Ou seja, campanhas e ações para a saúde do cidadão, consciência no consumo do jogo de apostas, da bebida alcoólica, fumar, medicamentos, etc, são temas vitais na nossa educação e começam já na 1ª infância.

Porém, creio que vale uma reflexão sobre ideias que são plenas de boas intenções mas que, sem querer, se revelam contraditórias e fazem o mal querendo fazer o bem.

Tabaco, fumicultura, com industrialização, segurança sanitária, saúde, cadeia produtiva de ponta a ponta, desde a pesquisa genética, famílias agrícolas, até o consumidor final, e restrições que ampliam a ilegalidade, devemos debater e discutir à luz da razão. Enquanto isso, há 12.698 famílias agrícolas em estado de atenção.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Assine a newsletter e receba conteúdos da coluna O Carrasco