Marketing: o agro não pode desconhecer
Confira caderno Agro desta segunda
Último livro com Prof. Philip Kotler, H2H, humanos para humanos, exerce uma poderosa “autocrítica” sobre o quase “falecimento” desse conceito “marketing” e dessa profissão no mundo inteiro.
Essa obra, assinada também por Kotler, parece soar como um grito de alerta,
uma convocação para nos “despertar” de um verdadeiro Festival de besteiras em
nome do marketing. Imitando o sagrado "Stanislaw Ponte Preta (codinome de Sérgio Porto), que escreveu o famoso Febeapa (Festival de besteiras que assola o país), inventamos então o nosso Febenomar (Festival de besteiras em nome do marketing).
No agronegócio, marketing está presente em tudo?
Claro, quando vamos aos legítimos fundamentos da essência dessa filosofia de administração, na sua palavra anglo-saxã, marketing, ali temos a sua perfeita descrição: “significa trazer à consciência humana sonhos, desejos, necessidades, soluções já presentes no inconsciente, que ao serem materializados na forma de produtos, serviços, conceitos e sentidos pelos quais vale a pena viver, se transformam em realidades.”
Portanto, toda demanda existente hoje por qualquer mercadoria, ou ideia, ou serviço, um dia foi simplesmente um começo de “marketing plan”. Adorei, por exemplo, o Salão Internacional da Proteína Animal (SIAVS 2024), da ABPA, cujo presidente é Ricardo Santin.
Quando olhamos, hoje, aqui e agora, a genética oferecida de aves e suínos preciso me recordar das iniciativas pioneiras de Agroceres PIc, e da Agroceres Ross, ao lado de outras genéticas, onde trabalhei como diretor de marketing junto, umbilicalmente, conectado aos geneticistas daquele período que viam, anteviam, auscultavam e já pesquisava me criavam a galinha e o porco do futuro.
O que eram aqueles pesquisadores geneticistas? Legítimos profissionais de marketing, que agiam na descoberta de soluções ainda inimagináveis pelos consumidores da época, que nem as queriam. Ninguém queria sementes oriundas
da engenharia genética, realizar a prática universal do plantio direto, ter programas ABC, agricultura de baixo carbono, ILPF (integração lavoura, pecuária e florestas), ou mesmo lutar para criar cooperativas, ou “domar” os cerrados tropicais nacionais, a não ser visionários que têm o dom de transformar sonhos em realidades. Os legítimos líderes.
No livro H2H, a arte do “design thinking” é estimulada, é importante: extrair do inconsciente humano sonhos, desejos, necessidades para nossa evolução. Então precisamos da comunicação? Sim. Justa e com precisão. Se não nos comunicarmos somos injustos.