Selo Verde Brasil, ótima ação do MDIC em parceria com ABDI e Sebrae
Confira a coluna de José Luiz Tejon
Com iniciativa do ministro do Desenvolvimento, da Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria, Rodrigo Rollemberg, iremos agora para um patamar de agregação de valor disputando os mercados mundiais com um compromisso do estado brasileiro, assegurando princípios da sustentabilidade.
Entrevistamos a Dra. Fabiana Villa Alves, assessora da Secretaria de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC que nos disse: “O selo verde é uma grande iniciativa que o Brasil toma à frente. Foi lançado dia 18 de junho pelo Decreto 12.063, onde nós temos as diretrizes para essa rotulagem ambiental, que é uma avaliação de conformidade destinada a produtos industrializados”.
Segundo ela, “os produtos receberão uma certificação de terceira parte, em um processo que é auditado, crível, que tem reconhecimento internacional para que tenhamos uma certificação que ateste alguns critérios sócio-ambientais que vão depender também do tipo de produto ou de cadeia produtiva. Então a ideia é que até o final do mês de junho tenhamos já os comitês consultivos e gestores formados de várias instituições, dos ministérios e de representantes do setor produtivo que vão participar para que esses critérios sejam definidos”.
Definidos os primeiros produtos a receber certificação, Fabiana conta que serão repassados para a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – “que é responsável pela execução e composição dos padrões de certificação e pelas normas e para o Inmetro – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial –, que cadastrará essas certificadoras que poderão prestar esse serviço aos produtos, às indústrias e às empresas”.
A ideia do selo como rotulagem ambiental e como avaliação de conformidade é que possamos primeiro agregar valor aos nossos produtos, valor intangível, e abrir mercados para os produtos industrializados brasileiros. Envolverá as cadeias produtivas, com importantíssimo impacto positivo no agronegócio. A indústria brasileira de alimentos e bebidas, por exemplo, é a maior exportadora em volume de alimentos do mundo. Porém, precisamos agregar mais valor, disputar as gôndolas dos supermercados e as mesas dos consumidores.
A ABNT irá definir as normas técnicas com os critérios de sustentabilidade sócio-ambientais e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o Sebrae serão os principais agentes parceiros da difusão desse programa.
Vejo grandes oportunidades para os programas de indicação geográfica, denominação de origem que vem sendo trabalhados pelo Sebrae, ao lado do Senar e Sescoop. valorização dos “terroir” nacionais industrializados para o mundo. Ações como esta irão contribuir no crescimento do PIB agroindustrial brasileiro.