Senti falta da nossa legítima revolução: agrotropical e cooperativismo | A TARDE
Atarde > Colunistas > A TARDE Agro

Senti falta da nossa legítima revolução: agrotropical e cooperativismo

Confira a coluna A TARDE Agro desta segunda-feira

Publicado segunda-feira, 25 de setembro de 2023 às 03:00 h | Atualizado em 16/10/2023, 10:54 | Autor: José Luiz Tejon
Lula durante discurso na ONU
Lula durante discurso na ONU -

Presidente Lula foi aplaudido sete vezes no discurso da ONU. Seria oito vezes se apresentasse a revolução agrotropical brasileira para segurança alimentar, energética e ambiental da terra ao lado do modelo cooperativista brasileiro para o mundo.

Sete vezes aplaudido durante seu discurso de abertura das Nações Unidas, podemos considerar como um feito marcante, independente de pontos contra ou a favor dessas manifestações.

O 1º aplauso quando Lula diz que o Brasil voltou para enfrentar os desafios globais, pontuando fortemente a desigualdade.

O 2º aplauso ao afirmar que o Brasil irá implantar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

A 3ª ovação ao afirmar a lei de salários iguais para homens e mulheres.

O 4º aplauso ao anunciar o Plano pela Amazônia, mencionando a diminuição de 48% do desmatamento em oito meses.

Pela 5ª vez mais aplausos ao associar a extrema direita frustrada optando por protecionismos e um nacionalismo primitivo fracassado, e enaltecendo a democracia.

O 6º aplauso ao propagar o jornalismo livre.

E a 7ª manifestação aplaudida durante seu discurso foi a menção contrária aos embargos como o de Cuba.

Lula enfatizou a matriz energética brasileira como exemplar e por diversas vezes citou o combate à fome como um marco da sua visão dando a uma palavra a síntese do que considera o mal maior: desigualdade.

No entanto, senti falta do que entendo ser o aspecto racional da efetiva contribuição brasileira para o mundo: a nossa revolução agrotropical. A ciência e a tecnologia desenvolvida no país, tendo como marco histórico os 50 anos que a Embrapa comemora agora, e com ela os institutos agronômicos, universidades, empreendedores, imigrantes e migrantes agricultores, cooperativas e trabalhadores. 

Aprendemos a produzir alimentos, energia, fibras, onde não havia nada, e temos todo conhecimento e capacitação humana para os programas agrossilvipastoris onde além de preservar florestas e mananciais, iremos plantar mais árvores, proteger fontes d’água, mitigando carbono e metano, e produzindo riquezas. 

Senti falta da nossa legítima revolução, a agrotropical, e do cooperativismo. Essa, sim, é a mais concreta e factível para o combate à fome, desigualdade, energia e meio ambiente com responsabilidade social de todo planeta que se irradia ao longo de todo o sistema do agribusiness. Viva o 8º aplauso!

Publicações relacionadas