Senti falta da nossa legítima revolução: agrotropical e cooperativismo
Confira a coluna A TARDE Agro desta segunda-feira
Presidente Lula foi aplaudido sete vezes no discurso da ONU. Seria oito vezes se apresentasse a revolução agrotropical brasileira para segurança alimentar, energética e ambiental da terra ao lado do modelo cooperativista brasileiro para o mundo.
Sete vezes aplaudido durante seu discurso de abertura das Nações Unidas, podemos considerar como um feito marcante, independente de pontos contra ou a favor dessas manifestações.
O 1º aplauso quando Lula diz que o Brasil voltou para enfrentar os desafios globais, pontuando fortemente a desigualdade.
O 2º aplauso ao afirmar que o Brasil irá implantar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
A 3ª ovação ao afirmar a lei de salários iguais para homens e mulheres.
O 4º aplauso ao anunciar o Plano pela Amazônia, mencionando a diminuição de 48% do desmatamento em oito meses.
Pela 5ª vez mais aplausos ao associar a extrema direita frustrada optando por protecionismos e um nacionalismo primitivo fracassado, e enaltecendo a democracia.
O 6º aplauso ao propagar o jornalismo livre.
E a 7ª manifestação aplaudida durante seu discurso foi a menção contrária aos embargos como o de Cuba.
Lula enfatizou a matriz energética brasileira como exemplar e por diversas vezes citou o combate à fome como um marco da sua visão dando a uma palavra a síntese do que considera o mal maior: desigualdade.
No entanto, senti falta do que entendo ser o aspecto racional da efetiva contribuição brasileira para o mundo: a nossa revolução agrotropical. A ciência e a tecnologia desenvolvida no país, tendo como marco histórico os 50 anos que a Embrapa comemora agora, e com ela os institutos agronômicos, universidades, empreendedores, imigrantes e migrantes agricultores, cooperativas e trabalhadores.
Aprendemos a produzir alimentos, energia, fibras, onde não havia nada, e temos todo conhecimento e capacitação humana para os programas agrossilvipastoris onde além de preservar florestas e mananciais, iremos plantar mais árvores, proteger fontes d’água, mitigando carbono e metano, e produzindo riquezas.
Senti falta da nossa legítima revolução, a agrotropical, e do cooperativismo. Essa, sim, é a mais concreta e factível para o combate à fome, desigualdade, energia e meio ambiente com responsabilidade social de todo planeta que se irradia ao longo de todo o sistema do agribusiness. Viva o 8º aplauso!