Duas eleições fizeram do 15 de novembro um grande dia

No próximo domingo, os brasileiros irão participar de eleições. Em 1982, também um 15 de novembro, o dia foi especial. Desde o golpe militar de 1964 era a primeira vez que se podia escolher os representantes por voto direto. Isso só foi possível porque começava o declínio da ditadura. Tanto que o então presidente, o general João Baptista Figueredo, foi o último ditador.
Nessa eleição pôde-se votar para senador, governador, deputado federal e deputado estadual, prefeito e vereador. Mas nas capitais a disputa para prefeito não foi incluída porque elas estavam na condição de área de segurança nacional. Só em 1985 esse cargo foi posto em disputa em cidades como Salvador.
Na Bahia, a eleição de 1982 esteve polarizada entre João Durval Carneiro, do PDS e apoiado por Antônio Carlos Magalhães, então governador da Bahia, e Roberto Santos, do PMDB. João Durval venceu a eleição.

Quatro anos depois mais uma eleição em 15 de novembro. Dessa vez já não havia mais ditadura. Um ano antes, em 1985, o colégio eleitoral tinha eleito, ainda de forma indireta, Tancredo Neves. Com a morte dele, antes de tomar posse, José Sarney assumiu e cumpriu um dos principais acordos da transição para a democracia: convocar uma assembleia para fazer uma nova constituição. Na eleição, portanto, elegeu-se os governadores e deputados constituintes.
Na Bahia a disputa ficou centralizada entre Josaphat Marinho e Waldir Pires. A disputa foi vencida pelo primeiro. Mas a eleição teve novidades, inclusive duas candidaturas femininas ao governo do estado: Agostinha Rocha (PH) e Delma Gama (PMB).

Confira neste sábado mais detalhes sobre essas histórias em A TARDE Memória, no jornal A TARDE.