Menu
Pesquisa
Pesquisa
Busca interna do iBahia
HOME > colunistas > A TARDE SAÚDE
COLUNA

A TARDE Saúde

Por Dr. Fábio Costa

ACERVO DA COLUNA
Publicado quarta-feira, 05 de setembro de 2018 às 7:41 h • Atualizada em 18/09/2018 às 11:14 | Autor: Dr. Fábio Costa

Dores no joelho? Você pode estar com Condropatia

Ouvir Compartilhar no Whatsapp Compartilhar no Facebook Compartilhar no X Compartilhar no Email
Dr. Fábio Costa
Dr. Fábio Costa -

Inchaços e dores constantes no joelho estão cada vez mais frequentes na vida do brasileiro, os sintomas podem indicar a presença de diversas doenças articulares, entre elas, a condromalácea, também conhecida como Condropatia Patelar.

De nome difícil, a condição tende a afetar mais o sexo feminino e atletas que realizam grandes esforços com as pernas. A patologia é inflamatória e resulta no desgaste da cartilagem articular da patela (estrutura que recobre as extremidades ósseas). Esta, uma vez desgastada, expõe o osso causando a dor.

A causa exata ainda permanece desconhecida, porém, acredita-se que esteja ligada a fatores biomecânicos e fisiológicos, que resultam no enfraquecimento e amolecimento da cartilagem. Um exemplo disso, é o período pré-menstrual, no qual as mulheres podem ter retenção hídrica e assim, ficarem mais suscetíveis.

Outro fator é o traumatismo, causado por pancadas, acidentes ou até mesmo o uso inadequado de aparelhos de musculação ou pela prática inapropriada de esportes,no qual se aplica muita força na patela. O diagnóstico é dado pela ressonância magnética, único meio capaz de classificar o grau da patologia.

A condromalácea também pode ser classificada como a fase inicial da artrose, e se não tratada pode evoluir para uma destruição permanente da articulação. Outros sinais incluem ainda ardência ou dor ao ficar com o joelho flexionado por longos períodos, além de crepitação e estalos, que são muitas vezes audíveis.

Em quadros mais avançados, pode haver dificuldade em flexionar o joelho, agachar, subir e descer escadas e apoiá-lo no chão. Apesar das dores, como atuante na área de traumatologia esportiva, acredito que a atividade física não pode ser restringida, pois ela é uma das maiores aliadas no tratamento.

Como tratar?

Após o diagnóstico obtido através do exame de imagem, é preciso verificar que grau a lesão do paciente se encontra. Para isso, existe uma classificação que indica as características de cada nível.

Graus e características:

• I – amolecimento da cartilagem e edemas

• II – fragmentação de cartilagem ou fissuras com diâmetro < 1,3cm

• III – fragmentação ou fissuras com diâmetro > 1,3cm

• IV – erosão ou perda completa da cartilagem articular, com exposição do osso subcondral

É preciso tomar muito cuidado pois as dores nem sempre acompanham o grau da lesão. Assim, podem existir pessoas com graus iniciais e muita dor, e outros com grau avançado e assintomáticos.

Com relação aos tratamentos, raramente existe indicação para operar. Em casos mais graves, um procedimento denominado Viscossuplementação pode ser utilizado. Nele, o joelho do paciente recebe uma aplicação de ácido hialurônico a fim de lubrificar e nutrir a sua cartilagem. Acho que a cirurgia deve ser o último recurso, devendo a fisioterapia e os exercícios bem orientados serem as principais terapias.

Compartilhe essa notícia com seus amigos

Compartilhar no Email Compartilhar no X Compartilhar no Facebook Compartilhar no Whatsapp

Assine a newsletter e receba conteúdos da coluna O Carrasco