Medo de contaminação estimula venda de seminovos

Boas notícias no horizonte apontam para a retomada consistente do segmento de seminovos. Nacionalmente, em julho, o crescimento foi de 52%, em relação a junho. De acordo com a Fenauto, pelo segundo mês consecutivo as vendas de veículos seminovos e usados apresentaram alta. O acumulado do ano ainda é negativo em -30,5%, mas com animadoras perspectivas. A Fenauto é a federação que representa 48 mil revendedores no país.
Na Bahia, as vendas estão acima da média nacional. No acumulado de janeiro a julho de 2020, as vendas de automóveis seminovos e usados na Bahia sofreram queda de -17,1%, em relação ao mesmo período de 2019. No Brasil, a queda foi de -32,2%. No mês de julho de 2020, comparando com julho de 2019, na Bahia houve crescimento de 8,5% nas vendas, ao passo que no Brasil houve queda de -18,6%.
Para a Associação de Revendedores de Veículos Seminovos do Estado da Bahia (Assoveba), o cenário é favorável. O cliente tem retornado para aproveitar as boas condições ofertadas pelas financeiras e os descontos dos revendedores. Outro detalhe importante é que as empresas e auto shoppings intensificaram as ações de marketing digital, e as transações online contabilizaram resultados.
O problema agora a administrar é a dificuldade para repor estoques. Está faltando seminovos, e este é um bom momento para quem precisa revender o veículo próprio.
O setor de seminovos foi puxado pelos carros com mais de nove anos de uso. Os usados maduros (nove a 12 anos) tiveram crescimento de 73% em julho, em relação ao mês anterior. Essa mudança no comportamento de compra está relacionada com o medo de contaminação pelo coronavírus e com a crise econômica.
Pesquisa recente do Webmotors, sobre mobilidade antes, durante e após a quarentena, respondida por 1.363 pessoas, confirma a preferência do carro para deslocamento. A maioria (68%) respondeu que utilizará apenas o carro como meio de transporte, por oferecer menor risco de contaminação (39%).
Muitos consumidores resolveram trocar o veículo por um carro mais maduro, e quem não tinha carro decidiu comprar veículo com mais tempo de vida, por um preço competitivo.
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