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ACERVO DA COLUNA
Publicado quarta-feira, 22 de agosto de 2018 às 15:33 h • Atualizada em 04/09/2018 às 15:48 | Autor:

Pedal noturno: uma outra visão

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É visível o crescimento dos grupos de ciclistas que circulam à noite pelas avenidas das grandes cidades do país. Em grupos grandes, instalam kit de iluminação que inclui lanternas piscantes, mini retrovisores incorporados nas bicicletas e partem para uma aventura contra o stress do dia a dia. Já havia notado esse fenômeno em qualquer cidade do nordeste e também do Sudeste, tendo Rio e São Paulo como terra onde as magrelas se proliferam na paisagem urbana.

Ampliar os modais para versões mais sustentáveis do transporte é excelente, inclusive na vida deste colunista que costuma ir ao trabalho pedalando. Com essa mudança, os ciclistas precisam ser incorporados de fato no trânsito o que incorre necessariamente no cumprimento das regras, as mesmas que os carros e outros veículos. Estive recentemente na Flórida, Estados Unidos, e por lá essa prática é recorrente. Grupos se reúnem e saem para pedalar à noite quando o calor é menor. Em uma dessas vezes vi em uma avenida um grupo de 30 ciclistas. Como estava na direita, assim como eles, imaginei que passariam por mim num semáforo quando ouvi um apito longo. O grupo parou atrás do meu veículo, esperaram o farol abrir, em pelotão, para depois seguir. Da mesma forma, o farol de pedestres é sempre obedecido pelo ciclista, que é atento, e prioriza quem anda a pé. Sem susto, sem briga, sem cicloativismo. Há o bom senso. Basta observar as regras, afinal a bicicleta mesmo sendo “mais frágil” ainda é um veículo e, incorporado ao trânsito, está sujeito às suas leis.

No Brasil parece que o cicloativismo tem prejudicado a prática pacífica desse esporte que é meio de transporte. Acima da lei, o ciclista fura semáforos, anda em Qualquer sentido da via, sobre a calçada ou na pista e quer o respeito imposto pelo Código de Trânsito quanto à distância do veículo motorizado, sem contribuir com o tráfego sadio. Se educar não funciona não me admira que criemos um cadastro de bicicletas ou uma habilitação específica.

Sem contrapartida, não há trânsito saudável. Já existem políticas públicas interessantes como as vias segregadas, as ciclovias e ciclofaixas, mas ainda temos que evoluir muito quando pensamos em bicicleta como veículo recreativo. Uma vez que não é para andar no parque, tem regras a cumprir pela saúde de todos e por um trânsito melhor.

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