Espanha, Portugal, França e Argentina lideram corrida para o Mundial
Tostão analisa as seleções favoritas para a Copa do Mundo

As seleções da Espanha, Portugal, França e Argentina são hoje as quatro mais fortes. Brasil e Inglaterra estão um pouco abaixo. As duas, se evoluírem até o mundial, o que não será surpresa, pois possuem qualidades individuais para isso, poderão fazer parte do primeiro grupo. O Brasil é o país com o maior número de bons jogadores, mas Ancelotti exagera quando diz que há uns 70 em boas condições para atuar na seleção. Existem outras equipes, como Itália, Alemanha, Croácia, Holanda, Bélgica, que podem crescer e fazer ótimas campanhas na Copa do Mundo. Modric, 40 anos, continua sendo destaque na Croácia.
A Espanha é a que mais encanta. O time atual é uma nova versão, moderna e mais eficiente da equipe que ganhou o mundial de 2010 e as eurocopas de 2008 e 2012. A tradicional troca curta de passes com aproximação de muitos jogadores ficou mais envolvente e objetiva. A seleção de 2010 se destacava por ter três grandes meio-campistas (Busquets, Xavi e Iniesta), mas não tinha um craque no ataque, como Lamine Yamal. Hoje o time é forte no ataque, além de ter melhorado a defesa. Pedri é o craque meio-campista que falta á seleção brasileira.
Portugal possui uma maneira parecida a da Espanha de jogar e possui também excelentes meio-campistas (Vitinha, Bruno Fernandes, João Neves e Bernardo Silva), além de um grande artilheiro, Cristiano Ronaldo, que não para de fazer gols. Já fez 942 na carreira. Imagine se chegar aos mil na Copa do Mundo? Ele que já se acha o melhor de todos os tempos, acima de Pelé, vai ter certeza se fizer também os mil gols. Abaixo de Pelé, prefiro Messi por ser mais completo.
Na comparação de artilheiros de todas as épocas, uma pratica frequente nos programas esportivos, a média de gols, pouco citada, é mais importante que o número absoluto, ainda mais quando existe uma grande amostragem. Penso ainda que há uma supervalorização dos artilheiros em relação a jogadores de outras posições, especialmente aos meio-campistas. O meio campo é o cérebro e a alma de uma equipe.
A França não tem meio-campistas de enorme talento como Espanha e Portugal, porém possui excepcionais atacantes. Além de Mbappé, o melhor de todos, a França possui outros excelentes, como os do PSG (Dembelê e Doue ), campeão da Europa.
Argentina segue forte
A Argentina continua muito forte no conjunto e no individual embora haja dúvidas se Messi estará presente e em forma. O técnico Scaloni já começou preparar a equipe sem Messi. Na goleada por 4x1 contra o Brasil o grande craque não estava presente. Dois jovens, Almada, que já era reserva no mundial de 2002 e que ocupa o lugar de Di Maria, além de Mastantuono, que tem sido titular no Real Madrid, são grandes esperanças.
Assim como o Brasil, a Inglaterra, quando tiver juntos seus grandes jogadores do meio campo para frente, como Rice, Bellingham, Kane, Saha e Folden, terá grande chance de crescer e de fazer parte das seleções mais fortes candidatas ao título.
Independentemente do que ocorreu ontem contra a Bolívia, a seleção brasileira sob o comando de Ancelotti ficou mais forte e mais temida. Além da enorme experiência, do conhecimento técnico, tático e da capacidade de comando, o treinador, nas entrevistas, é claro, conciso, explicativo e firme. Não joga conversa fora.
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