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Conjuntura Política

Por Cláudio André de Souza*

ACERVO DA COLUNA
Publicado domingo, 05 de janeiro de 2025 às 18:13 h | Autor:

Cenários para 2025

Confira a coluna desta segunda-feira

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Retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos vai influenciar as relações comerciais e diplomáticas
Retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos vai influenciar as relações comerciais e diplomáticas -

Começamos um novo ano repleto de esperanças por dias melhores, mas qual o panorama das tendências sociais, econômicas e políticas? No cenário político, o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos vai influenciar as relações comerciais e diplomáticas, em especial, como vai se relacionar com os países do BRICS. Mais do que isso, como Trump ocupará um papel de liderança frente os novos grupos de extrema direita pelo mundo afora?

Diversos países realizarão eleições ao longo do ano, incluindo a Alemanha, Canadá, Austrália e Chile, onde são esperados o crescimento significativo de forças da direita radical. O caso da Alemanha (terceiro maior PIB mundial) é mais emblemático, pois a Alternativa para a Alemanha (AfD) pode crescer e superar a direita conservadora e os social-democratas, que governam há décadas o país.

No Brasil, o governo do presidente Lula (PT) segue sob o desafio intransponível de despolarizar uma parte do eleitorado, isto é, como pode gerar políticas que revertam a percepção negativa do seu governo rumo à reeleição em 2026. A economia será uma agenda central, não somente na dimensão factual, mas como o governo vai ser bem-sucedido no ato de se comunicar com um conjunto mais ampliado da população.

A economia global seguirá diante de uma estabilidade moderada. O Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) projetam um crescimento global de aproximadamente 3,2% em 2025, similar às projeções para o ano de 2024.

Uma revolução social em curso é a Inteligência Artificial (IA), que impulsiona investimentos na economia global. A corrida tecnológica envolvendo as grandes empresas se dá em torno do aperfeiçoamento de sistemas computacionais capazes de liderar novos arranjos produtivos com impacto a médio prazo na produção industrial, logística, saúde, mas tende a afetar todas as profissões nos próximos cinco anos.

Uma área desafiadora que seguirá no horizonte nos próximos meses conforma-se nas metas de transição energética e sustentabilidade. A agenda verde global mantém força no debate global envolvendo investimentos significativos em energias renováveis, como solar e eólica, à medida que governos e empresas necessitam atingir metas de neutralidade de carbono.

O Brasil sediará em novembro a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP30) em Belém (PA). Este evento representa um aceno diplomático do governo brasileiro como líder efetivo na agenda ambiental global. As COPs privilegiam debates que não necessariamente se tornarão resultados concretos, mas temos a chance de que o Brasil e a Amazônia virem o jogo, inclusive, no debate interno sobre a defesa inegociável do meio ambiente.

*Professor Adjunto de Ciência Política da UNILAB e pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (UFRB). E-mail: [email protected].

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