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De Olho na Saúde

Por Elane Varjão | [email protected]

ACERVO DA COLUNA
Publicado domingo, 22 de junho de 2025 às 6:33 h • Atualizada em 22/06/2025 às 7:35 | Autor:

Câncer de intestino: colonoscopia como forma de prevenção

Confira coluna De Olho na Saúde deste domingo

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Iury Melo, chefe do Serviço de Gastroenterologia do Hospital Santa Izabel
Iury Melo, chefe do Serviço de Gastroenterologia do Hospital Santa Izabel -

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer colorretal tem relação direta com hábitos de vida como alimentação inadequada, tabagismo e sedentarismo.

Segundo o gastroenterologista e chefe do Serviço de Gastroenterologia do Hospital Santa Izabel, Iury Melo, ele é o mais comum do sistema digestivo e o terceiro mais diagnosticado entre os homens, atrás apenas dos de próstata e pulmão. Entre as mulheres, ocupa a segunda posição, superado apenas pelo câncer de mama.

O tumor geralmente se origina a partir de pólipos, pequenas elevações na parede do intestino grosso, que crescem de forma silenciosa até se tornarem malignos. Por isso, o diagnóstico precoce é fundamental. Entre os sintomas mais comuns estão dores e distensão abdominal, alterações no ritmo intestinal (diarreia ou constipação), sangramento retal e perda de peso. Iury Melo alerta que a doença pode ser totalmente assintomática em sua fase inicial.

O rastreamento é a principal ferramenta de prevenção. “A recomendação mundial é que homens e mulheres a partir dos 45 anos façam o exame de colonoscopia, mesmo sem sintomas ou histórico familiar”, afirma o especialista. A colonoscopia é um exame endoscópico, realizado com sedação, que permite tanto o diagnóstico quanto a retirada de pólipos antes que evoluam para câncer.

Doença Renal Crônica: riscos e importância do diagnóstico precoce

A Doença Renal Crônica (DRC) atinge cerca de 10% da população mundial. Na Bahia, de acordo com dados do Censo de Nefrologia divulgados pela Secretaria Estadual da Saúde, cerca de 10 mil pessoas foram submetidas à hemodiálise no ano passado.

Diabetes e hipertensão mal controlados, obesidade, tabagismo, uso indiscriminado de medicamentos, especialmente analgésicos e anti-inflamatórios, e histórico familiar de doença renal são fatores de risco associados ao desenvolvimento da DRC.

“A doença geralmente é silenciosa, só apresentando sintomas nas fases mais avançadas, quando podem surgir redução do apetite, náuseas, vômitos, soluços e, em alguns casos, retenção de líquidos com edema (‘inchaço’) na face e nos membros inferiores”, explica a nefrologista Fernanda Albuquerque.

Nas fases mais avançadas, o único tratamento disponível é a terapia de substituição renal, que pode incluir hemodiálise, diálise peritoneal ou transplante, a depender da indicação médica.

“Na doença renal crônica, a diálise é indicada nos estágios mais avançados, especialmente no estágio 5. Já na doença renal aguda, a necessidade de diálise depende de vários fatores, mas, em geral, há recuperação da função renal”, ressalta Albuquerque.

A médica alerta que mudanças no estilo de vida são fundamentais para conter a progressão da doença.

Alta rotatividade de médicos

A alta rotatividade de médicos na atenção primária à saúde expõe uma fragilidade crônica no sistema público de saúde brasileiro. Dados da Umane, uma associação civil, que apoia iniciativas no âmbito da saúde pública, mostra que 33,9% dos profissionais estão deixando seus postos, entre 2022 e 2024, o que aponta que a descontinuidade no atendimento vira regra, não exceção.

Mounjaro: aprovado, mas ainda inacessível

A chegada do Mounjaro ao mercado brasileiro no início deste mês representa um novo capítulo no tratamento da obesidade. Desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, o medicamento foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No entanto, o entusiasmo científico esbarra em uma realidade concreta: o alto custo do tratamento, que o torna inacessível para grande parte da população.

Escalada silenciosa da SRAG

O Brasil registra o maior número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) dos últimos dois anos, com crescimento de 91% nas últimas quatro semanas, segundo o boletim InfoGripe da Fiocruz. A alta se concentra nas regiões centro-sul, impulsionada principalmente pelos vírus influenza A e sincicial respiratório (VSR), que afetam com mais gravidade idosos e crianças. Especialistas reforçam a importância da vacinação contra a gripe, mas a baixa adesão requer ações preventivas por parte do governo federal.

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