Imunobiológicos auxiliam com doenças reumáticas
Confira a coluna De Olho na Saúde, deste domingo

Dores e inchaços nas articulações são os principais sintomas das doenças reumáticas, que atingem cerca de 15 milhões de brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, e podem levar à incapacidade física, se não diagnosticadas e tratadas de forma adequada. Algumas delas também podem ser autoimunes, como a artrite reumatoide e o lúpus.
De acordo com a reumatologista Ana Teresa Amoedo, sócia da Novaimuno, ainda que a maioria dessas patologias não tenha cura, há tratamentos que amenizam sintomas, reduzem complicações e a evolução da doença, proporcionando qualidade de vida ao paciente, a exemplo dos imunobiológicos: “Essas medicações são produzidas de forma personalizada e correspondem aos anticorpos que atuam em lugares específicos das vias imunológicas e inflamatórias, estabilizando, assim, a doença”.
Para ela, este tipo de paciente geralmente passa por vários médicos e enfrenta diagnóstico equivocado ou tardio por causa da diversidade de sintomas e da falta de acesso à informação e a centros especializados. “Por isso é fundamental ter acompanhamento de um reumatologista desde os primeiros sintomas”, reforça a médica, enfatizando que a Novaimuno oferece um Centro de Terapia Assistida Infusional em Imunobiológicos.
A unidade, situada na Avenida Paulo VI, vai entrar em funcionamento brevemente, promete oferecer ainda mais conforto, tecnologia de ponta e bem-estar para os pacientes e seus familiares.

Laser auxilia no tratamento de feridas crônicas
O laser, por muitos anos associado exclusivamente a procedimentos estéticos, ganha novo status na medicina. A tecnologia se consolidou como recurso terapêutico de impacto clínico comprovado e já vem sendo usada com sucesso no tratamento de doenças vasculares, ortopédicas e de feridas crônicas.
“Na prática clínica, isso se traduz em empregar o laser como instrumento terapêutico para tratar doenças venosas, acelerar a cicatrização de feridas, modular inflamações e até influenciar regeneração celular”, explica o médico e cirurgião vascular, Bernardo Senra Barros.
Entretanto, por falta de uma formação sólida em física e biofotônica durante a graduação médica e a associação histórica do laser à estética, ainda há alguns médicos que subestimam o potencial terapêutico em tratamentos não estéticos.
“Também há preocupação legítima com o risco de uso inadequado por profissionais sem capacitação. A ciência já oferece respaldo, mas precisamos ensinar mais e melhor”, ressalta Barros.
Este assunto será pautado nos dias 19 e 20 de setembro, na segunda edição do Workshop Laser Além da Pele, que será realizado na Associação Bahiana de Medicina (ABM) e no Centro de Tratamento de Doenças Venosas (CTDV), em Salvador.
Entre os temas que serão discutidos está a bioestimulação com laser, que tem como objetivo acelerar a cicatrização de feridas crônicas.

Fila da visão
O crescimento da fila para transplantes de córnea no Brasil é um retrato incômodo de como avanços médicos podem ser neutralizados pelo descaso da gestão pública. Em 2024, a espera média chegou a 374 dias, mais que o dobro do registrado em 2015, segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). Entre as razões para tal descaso, segundo o CBO, estão a falta de reajuste nos repasses, efeitos da pandemia e maior rigor para os bancos de olhos. Porém, nenhuma delas justifica a angústia de 31 mil brasileiros que estão à espera de recuperar a visão.
Obesidade e diabetes em segundo plano
A decisão da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) de barrar a incorporação dos medicamentos Wegovy e Saxenda ao SUS escancara uma situação delicada: de um lado, o desafio orçamentário de um sistema público de saúde que precisa equilibrar contas já pressionadas; de outro, a urgência de ampliar o acesso a terapias que podem transformar a vida de milhões de brasileiros com obesidade e diabetes. A justificativa financeira, embora compreensível, soa insuficiente diante do impacto social da obesidade, que é fator de risco para diversas doenças crônicas e sobrecarrega ainda mais o próprio SUS. Ignorar essa dimensão preventiva pode significar uma economia imediata que custará muito mais caro no futuro.
Gripe mata, vacina salva!
A baixa adesão à vacinação contra a gripe em Salvador, que atingiu apenas 40,5% do público prioritário, revela um preocupante cenário de vulnerabilidade em um momento em que os números de casos e mortes por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) seguem elevados. Crianças pequenas, gestantes e idosos, justamente os mais propensos a desenvolver complicações, estão deixando de se proteger contra um vírus que, ano após ano, provoca internações e óbitos. Vacinação salva vidas, a prevenção não é apenas uma escolha pessoal, é um compromisso com a vida.
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