SUS inclui procedimento para tratar degeneração da válvula do coração | A TARDE
Atarde > Colunistas > De Olho na Saúde

SUS inclui procedimento para tratar degeneração da válvula do coração

O único tratamento eficaz é a colocação de uma prótese no lugar da válvula doente

Publicado domingo, 11 de dezembro de 2022 às 08:20 h | Autor: Elane Varjão | Jornalista | [email protected]
Adriano Dourado, médico Cardiologista Intervencionista
Adriano Dourado, médico Cardiologista Intervencionista -

Falar em saúde é também desejar que os avanços da tecnologia e da ciência cheguem à população como um todo. Alguns exemplos aumentam essa esperança, como a recente incorporação pelo Ministério da Saúde na sua tabela de Procedimento do SUS do Implante Transcateter da Válvula Aórtica (ITVA) para tratamento da estenose aórtica grave (degeneração da válvula do coração).

Esse procedimento é uma antiga reinvindicação da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI), como explica o médico Cardiologista Intervencionista, Adriano Dourado, do Hospital Santa Izabel. “Essa incorporação traz um alívio para pacientes portadores da doença, que, quando não tratada no momento certo, leva invariavelmente à falência do coração e morte. A taxa de mortalidade é de 60% no período de 2 anos, nos pacientes com sintomas”, afirma.

A doença está relacionada ao envelhecimento e afeta cerca 5% da população com mais de 75 anos, ou seja, 1 em cada 20 idosos a partir dessa faixa etária. O implante é o procedimento com melhor resposta para esses pacientes. “O ITVA consiste no implante de prótese valvar por meio do cateterismo cardíaco. Atualmente, é realizada sem anestesia geral, sem corte, sem parar o coração, por meio de um furo realizado na artéria da perna. O único tratamento eficaz é a troca ou colocação de uma prótese no lugar da válvula doente”, conclui Dourado.

Doença do beijo

Embora a cantora Anitta tenha revelado para o grande público que está com a mononucleose infecciosa, conhecida como a ‘doença do beijo’, não significa que ela pode desenvolver a Esclerose Múltipla (EM). A mononucleose aumenta o risco da doença autoimune em pacientes que já têm predisposição a desenvolvê-la, mas não é fator determinante.

A volta das máscaras

A obediência ao decreto do Governo do Estado que determinou a volta do uso de máscaras em diversos espaços está em baixa. É só dar uma volta por alguns shoppings da capital, por exemplo, para comprovar que muitas pessoas seguem dispensando o equipamento de proteção. Por outro lado, falta fiscalização. Se o uso é obrigatório, precisa ser cobrado.

Prevenção à AIDS

Estamos no mês marcado pela campanha de prevenção ao vírus do HIV/Aids, o Dezembro Vermelho. O Ministério da Saúde reforça a conscientização sobre a prevenção e formas de proteção, principalmente entre jovens de 15 e 24 anos, que é o público mais afetado pela doença. A estimativa de 2021 do Ministério da Saúde mostra que 960 mil pessoas estão vivendo com HIV no Brasil.

Doenças raras

O Ministério da Saúde incorporou ao SUS o medicamento onasemnogeno abeparvoveque para o tratamento de crianças com atrofia muscular espinhal (AME) do tipo I, com até seis meses de idade. O medicamento estará disponível em até 180 dias para os trâmites operacionais de negociação de preço, compra, distribuição e elaboração de protocolo clínico para orientação sobre uso.

Publicações relacionadas