Comenda 2 de Julho para procurador Paulo Carvalho
Confira a coluna Direito e Justiça desta terça-feira, 14

O procurador do Estado Paulo Moreno Carvalho recebeu a Comenda 2 de Julho, maior honraria da Assembleia Legislativa da Bahia. A homenagem, proposta pelo deputado Bobô Tavares, reconhece sua trajetória profissional e contribuição ao Direito Público.
A cerimônia reuniu autoridades, parlamentares e colegas que demonstraram admiração e respeito pelo homenageado.
Série Especial: Eleições no TJBA
Entrevista com Ivone Bessa Ramos
A Coluna Direito & Justiça inicia hoje uma série especial de entrevistas com os três candidatos à Presidência do Tribunal de Justiça da Bahia: Ivone Bessa Ramos, José Edivaldo Rocha Rotondano e Edmilson Jatahy Fonseca Júnior. O objetivo é oferecer ao leitor uma visão plural e transparente sobre os desafios e perspectivas para o futuro da Justiça baiana. Nesta edição inaugural, a desembargadora Ivone Bessa Ramos, com mais de três décadas de atuação, fala sobre os rumos do Judiciário, os bastidores da disputa e o equilíbrio entre tecnologia e humanização nas decisões judiciais.
A senhora integra a Comissão de Reforma Judiciária do TJBA, que propõe mudanças estruturais e administrativas importantes. Ainda assim, o Tribunal é visto como lento na adoção de inovações. O que falta para consolidar uma gestão moderna, eficiente e conectada à sociedade?
O TJBA avança, mas precisa integrar tecnologia e pessoas. Não basta ter sistemas modernos se magistrados e servidores não estão capacitados. Proponho o TJBA LAB, espaço colaborativo para criar soluções reais, e o Radar Processual para decisões estratégicas baseadas em dados. Defendo também portais acessíveis ao cidadão e programas de capacitação continuada. O que falta não é apenas mais tecnologia, mas transformação cultural que coloque pessoas no centro da inovação.
Seu plano de gestão fala em “inovação disruptiva” com protagonismo humano. Diante do avanço da Inteligência Artificial, inclusive em decisões judiciais, como equilibrar tecnologia e sensibilidade para que o Judiciário não se torne uma máquina fria e distante do cidadão?
A tecnologia deve servir às pessoas, não o contrário. Participei do xTech Legal e vi os riscos de uma implementação sem dimensão humana. Sistemas podem analisar processos, mas não captam a dor de quem busca Justiça. Por isso defendo: capacitar primeiro, cuidar sempre, implementar com responsabilidade. Transparência total sobre algoritmos, supervisão humana permanente e o Laboratório de Bem-Estar Corporativo para apoiar magistrados e servidores. A Justiça mais humana só se realiza quando pessoas preparadas entregam soluções para pessoas.
As eleições para a Presidência do TJBA costumam expor divisões internas. A senhora vê o pleito mais como um embate político do que um debate de ideias? E, se eleita, como pretende construir pontes em um ambiente frequentemente marcado por disputas de bastidores?
Disputas existem, mas prefiro ver pluralidade. Em três décadas, aprendi que liderança é escutar e construir consensos, não impor visões. Proponho gestão transparente, com diálogo permanente, decisões baseadas em dados e canais de partici1pação para magistrados e servidores. Como disse Rui Barbosa: todos têm direito à ideia e à palavra. Minha candidatura se sustenta em propostas concretas, trajetória documentada e compromisso com valores que nos unem: ética, transparência e excelência
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