Nova presidente, novas metas: Ivana Magaldi assume o TRT-BA
Coluna de Direito e Justiça desta terça-feira, 11

Na última semana, a posse da desembargadora Ivana Mércia Nilo de Magaldi como presidente do TRT-BA (2025-2027) mobilizou o meio jurídico da Bahia.
A cerimônia também empossou a desembargadora Suzana Maria Inácio Gomes como vice-presidente, o desembargador Marcos Oliveira Gurgel como corregedor e a desembargadora Eloína Maria Barbosa Machado como corregedora adjunta.
Magaldi chega com agenda voltada para o fortalecimento da atividade jurisdicional, ampliação da infraestrutura e valorização de magistrados e servidores.
Direito & Justiça – Série Especial | Entrevista 3
José Rotondano
A Coluna Direito & Justiça apresenta a terceira entrevista da série especial com os candidatos à Presidência do TJBA. Desta vez, o destaque é o desembargador José Edivaldo Rocha Rotondano, que defende uma gestão voltada à valorização de magistrados e servidores, ao fortalecimento institucional e ao diálogo. Natural de Santa Inês, o magistrado integrou o Ministério Público antes de chegar ao Tribunal e tem 41 anos de atuação no sistema de justiça, ele aposta na união para construir um Judiciário mais humano e eficiente.
Desembargador, como o senhor pretende equilibrar, na presidência do TJBA, o diálogo com os Poderes Executivo e Legislativo sem comprometer a independência do Judiciário, sobretudo diante dos desafios orçamentários e da busca por autonomia financeira?
A Constituição garante a independência entre os Poderes, mas também orienta que atuem em harmonia — e esse é o caminho do equilíbrio. Se eleito, defenderei com firmeza a autonomia do Judiciário e a liberdade de convicção dos magistrados, sem abrir mão do diálogo com os demais Poderes em favor do cidadão. Minha experiência no Conselho Nacional de Justiça foi decisiva para compreender o valor dessa convivência plural e construtiva. Acredito que Executivo, Legislativo e Judiciário podem, sim, trabalhar em sinergia, unidos pelo objetivo comum de promover o bem-estar da população.
O senhor propõe valorizar magistrados e servidores, mas muitos relatam sobrecarga e falta de estrutura no interior. Como transformar essa valorização em ações concretas, sem ampliar o déficit orçamentário e mantendo a produtividade da Justiça baiana?
Nosso plano de gestão tem 13 eixos estratégicos e coloca o corpo funcional como protagonista, com foco na valorização das carreiras e em um ambiente de trabalho saudável e participativo. A chave é qualificar o gasto público para garantir eficiência e resultados concretos. Para reduzir a sobrecarga, defendemos a criação de centrais regionais e o uso inteligente da tecnologia, automatizando rotinas e agilizando processos para tornar a Justiça mais eficiente e próxima da sociedade.
O senhor acredita que o TJBA precisa se reinventar diante das críticas ao Judiciário por morosidade, privilégios e falta de transparência? Que medidas adotaria para aproximar o Tribunal da sociedade e recuperar a confiança do cidadão comum?
Não diria que o TJBA precise se reinventar, pois já realiza ações relevantes em prol da sociedade, como iniciativas voltadas à equidade racial, à infância e às populações vulneráveis. Mas é preciso avançar. Há soluções simples e de baixo custo que podem tornar a Justiça mais célere. Também defendo aprimorar a comunicação e a transparência, fortalecendo o diálogo com a sociedade e mostrando o papel essencial do Judiciário no Estado Democrático de Direito.
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