Caldeirão de Aço - Apelido de sobra
Tendência no momento é a utilização de nome e sobrenome para a identificação do jogador
Apesar da derrota de ontem para a Ponte, a boa campanha do Bahia, desde a primeira rodada entre os quatro melhores e hoje na segunda posição, a seis pontos do quinto colocado, tem participação muito importante de Vitor Costa e Matheus Oliveira. Se seguisse a tendência do futebol brasileiro, assim seria conhecida a dupla de ataque formada por Jacaré e Davó, responsáveis por 11 gols e cinco assistências, além de bom futebol, muita velocidade, entrega, carisma e folclore.
A tendência no momento é a utilização de nome e sobrenome para a identificação do jogador, a exemplo de Ricardo Goulart, 29º a iniciar uma partida como titular nesta Série B pelo Tricolor e autor do gol da virada contra o Vasco, no domingo. Mas os dois vêm desafiando a moda e a desconfiança para colocar suas alcunhas em alta com a torcida do Esquadrão, desde que saíram do banco em suas estreias para garantir o triunfo contra o Cruzeiro na primeira rodada da Série B.
O elenco atual ainda conta com Borel e Didi como representantes dessa tradição histórica do clube que tem Bobô, Beijoca e Baiaco como alguns dos seus maiores ídolos. Os dois acessos para a Série A tiveram participação marcante de Michael Jackson, no primeiro, e Brocador, no segundo. Os títulos brasileiros igualmente tiveram nomes como Bombeiro, Careca e Biriba, em 1959, e Bobô, Dico Maradona, além de Edinho, o primeiro Jacaré, em 1988.
A lista de jogadores conhecidos por seus apelidos que marcaram de alguma forma a história do Esquadrão é interminável, mas recentemente andava sem tantas atualizações. No ano passado, por exemplo, eram somente Nino, Índio Ramírez e o Búfalo Rossi, cujo nome é Rosicley. Sem levar em conta os casos de diminutivos ou aumentativos do próprio nome ou alusões aos locais de nascimento.
Na década passada, além dos já citados, o clube contou com nomes como Talisca, Titi, Caveirão, Obina, Gladiador, Becão, Kieza, Ramires, que recebeu o apelido pela semelhança com o antigo volante que disputou a Copa de 2010 pela Seleção, Léo Pelé, além do mais folclórico, Feijão.
O time bicampeão do Nordeste no início do milênio tinha nomes como Preto, Robgol, Bebeto Campos e Mantena, A primeira década do século teve também a passagem de nomes como Adriano Michael Jackson, Viola, Fábio Saci, Leandro Makelele, Everton Avatar, Renna, Kena, Abedi, Nen, Moré, Didi, Pantico, Guaru, Boleta, Badé, Neném e Japinha.
Na finalzinho do século passado, no ano 2000, o Tricolor teve uma dupla de ataque formada por Dedé e Jajá e que ainda tinha Curê como suplente. A década de 1970 teve fartura de títulos e apelidos. Participaram de pelo menos uma das conquistas do hepta estadual, de 1973 a 1979, nomes como Beijoca, Baiaco, Sapatão, Fito, Emo, Picolé, Leguelé, Piolho, Mickey, Gibira, Merica, Gilson Gênio e Caio Cambalhota. Sapatão, Baiaco e Fito, inclusive, participaram dos sete títulos.
O século passado ainda teve nomes como Bobô, Edinho Jacaré, Dico Maradona, Bombeiro, Biriba, Dadá Maravilha, Canhoteiro, Dimba, Nenê, Guga, Zinho, Zenga, Advaldo NBA e Neinha, Deve-se registrar também que, mesmo sendo uma derivação do nome Carlos, o maior artilheiro do Tricolor é conhecido como Carlito.
No sábado, contra o Tombense, provavelmente com a dupla Jacaré e Davó à frente, o Esquadrão tentará o quinto triunfo consecutivo na Fonte. A maior sequência até o momento aconteceu nos seis primeiros jogos na competição. Que os dois, junto com todo o restante do elenco, façam grande jogo, sigam brilhando e gravem de vez seus nomes, e apelidos, na história tricolor.