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Caldeirão de Aço - Dose de reforços

Publicado quinta-feira, 31 de março de 2022 às 06:00 h | Autor: Leandro Silva | Jornalista | [email protected]
A demora para a chegada de novos reforços preocupa com relação ao tempo para treinar a equipe
A demora para a chegada de novos reforços preocupa com relação ao tempo para treinar a equipe -

Os resultados pífios do primeiro trimestre do ano escancaram a necessidade de uma boa dose de reforços para tornar mais acessível a luta pelo retorno à Série A, em que pese a evolução demonstrada nas três rodadas derradeiras do Baiano e da Copa do Nordeste. Ontem foram anunciados o goleiro César, revelado pelo Flamengo, e o zagueiro Didi, que estava no Juventude no Brasileiro passado. A demora para a chegada de outros novos contratados preocupa com relação ao tempo disponível para treinar a equipe, que era de três semanas desde as eliminações. Agora, resta pouco mais de uma semana, já que sexta que vem o Esquadrão encara o Cruzeiro na estreia, e os seis ou mais reforços prometidos pelo diretor Freeland só começaram a chegar ontem. Quando vierem todos, se fizerem por merecer a titularidade, podem comprometer o entrosamento conquistado nesse longo período de treinamentos, artigo de luxo nas temporadas tricolores.

Para o Brasileiro, antes das chegadas de César e Didi, apenas o atacante Vitor Jacaré havia sido anunciado. E, segundo o próprio Freeland, ele não estaria incluído nos seis reforços prometidos, por ser uma espécie de promessa, oportunidade de mercado. Resta saber qual o entendimento com relação ao goleiro César e o zagueiro Didi. Eles  já estariam ocupando vagas de reforços propriamente ditos?

Tudo indica que Danilo Fernandes retorne ao posto de titular quando 100%, César seria, então, uma aposta para a suplência dele, disputando a preferência com Matheus Teixeira, Mateus Claus e Dênis Júnior. Didi também parece chegar para compor o grupo. 

Dos seis contratados para o primeiro trimestre do ano, é possível dizer que apenas o lateral esquerdo Luiz Henrique possui, hoje, o status de titular. Rezende, Djalma Silva, Jonathan, que anda no ostracismo, e Willian Maranhão, que já deixou o clube, foram titulares em outros momentos, enquanto o zagueiro Henrique já teve oportunidades na ausência de companheiros. Mas apenas o lateral finalizou as competições como dono da posição. Escrevi nesse espaço, antes mesmo que começasse alguma partida com a equipe principal, que ele tinha sido o reforço que mais tinha agradado até aquele momento. Opinião que mantenho. Rezende oscilou entre a titularidade e o banco, mas ainda pode se firmar no time ou ser útil ao grupo. Djalma também não foi mal, mas perdeu a posição por méritos de Luiz Henrique.  

A esperança é de que o aproveitamento dos futuros contratados no time titular seja maior. E que realmente consigam elevar o nível da equipe. Para não repetir um dos grandes problemas da temporada passada, quando poucos contratados do início do ano conseguiram fazer a diferença, sobrecarregando os remanescentes.

Curioso é que o torcedor do Bahia parece estar flutuando entre duas dimensões. A dura realidade atual, com dificuldade para a chegada de jogadores que empolguem,  e a esperança de que as especulações ligadas à criação de uma SAF e a suposta negociação com o grupo City sejam reais, concretizadas e benéficas para o clube, alçando-o a uma condição de competitividade econômica e esportiva no âmbito nacional talvez inédita. Que seja logo.

Nesse ponto, a experiência de Freeland pode ser útil. No Botafogo, ele viveu situação parecida. A situação com a SAF só foi concretizada em 2022, depois que o time já havia conquistado a Série B, com uma realidade bem mais modesta.

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