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Caldeirão de Aço - Melhor camisa 88 da história

Com oito gols, muita velocidade e entrega, Davó superou nomes como Tressor Moreno, Guilherme Santos e Cirino

Publicado quinta-feira, 18 de agosto de 2022 às 05:30 h | Autor: Leandro Silva | Jornalista | [email protected]
O campo mostra que Davó hoje deveria ser o primeiro a receber a camisa de titular no setor de ataque
O campo mostra que Davó hoje deveria ser o primeiro a receber a camisa de titular no setor de ataque -

Com oito gols, três deles nas duas partidas mais recentes, três assistências, muita velocidade e entrega, ainda não dá para dizer que Matheus Davó tenha cavado um lugar cativo na escalação titular de Enderson, apesar de ter começado no empate de terça contra o Londrina, mas já é possível apontar que o atacante é o melhor camisa 88 da história do Bahia. Superou nomes como Tressor Moreno, Guilherme Santos e Cirino, que vestiram a icônica camisa que faz alusão ao nosso segundo título nacional. 

E as outras camisas? Daqueles que você viu, quem você acha que foi o melhor ou que você mais associa a cada número na história tricolor? Por exemplo, o goleiro Dênis Júnior veste hoje a 26, mas quando você vê uma camisa de linha do Tricolor com o número 26 às costas, imagino que surja um sentimento de saudade da raça de Gregore, maior camisa 26 do clube, que ele defendeu de 2018 a 2020. Metade de 26, a 13 tricolor será sempre associada a Jorge Wagner. Já Raudinei sempre será lembrado com a 15, que estava usando quando fez o gol que o eternizou. E a 94 de Talisca, a 98 de Artur, a 80 de Ricardinho, a 22 de Titi ou o 28 de Lucas Fonseca? 

A escolha de números inusitados dá grande vantagem nesse jogo. Uma boa temporada em 2013, quando formava dupla com Fernandão, foi o suficiente, por exemplo, para que o atacante Walyson garantisse o posto de melhor 37. Maycon Douglas no ano passado e Rildo, no atual, foram outros a trajarem a 37. Por falar em Fernandão, o centroavante vestiu a camisa 20 em 2013, 2019 e 2020 e é o maior com esse número no clube. Régis, que vestiu a 20 em 2017 e 2018, é o maior concorrente.  

Os números reservam certas curiosidades. Autor da jogada que deu origem ao gol de Davó contra o Londrina, Jacaré disse ter escolhido a camisa 29 em homenagem ao ex-companheiro de time e amigo Vinícius, que brilhou no Esquadrão nas temporadas 2017 e 2018 e é o mais associado ao número no clube. 

Se as camisas com numeração alta rendem uma concorrência menor, o oposto acontece com as tradicionais de 1 a 11, que já eram utilizadas muito antes do uso da numeração fixa. Atualmente vaga, a 8, vestida por Daniel até 2021, já foi usada por outros grandes jogadores. Mas sempre estará relacionada ao capitão da conquista do segundo Brasileiro, Bobô. Na era da numeração fixa, o número já foi usado por bons nomes, como Bebeto Campos, em 2000, Gabriel, em 2012, e Allione, em 2017 e 2018. 

A 8 já foi de Uéslei, que também vestiu a 10. Mas considero o Pitbull como o melhor 11 que eu vi jogar no Bahia. E olhe que sou muito fã de Nonato, que brilhou com a 11 e também com a 9, mas forço a barra para colocá-lo como o melhor 31, que ele vestiu quando ainda era uma jovem promessa no Brasileiro de 2000.  

Outro 31, Lomba também vestiu a 1. E sobre o melhor 1 sempre me divido entre Ronaldo, Jean, o pai, e Emerson. Dessa vez escolho Emerson, que teve a 1 fixa no Brasileiro de 2000. A 9 é símbolo de Charles, Marcelo, Cláudio Adão, Beijoca e tantos outros, mas na época da numeração fixa alguns dos que se destacaram foram Gilberto, Souza, Kieza e Hernane Brocador. Dos que eu vi, a 2 está associada a Daniel ou Maílson, a 3 a Jorginho, João Marcelo e Fabão, a 4 a Claudir, Jackson ou Cachorrão, a 5 a Lima, Preto e Paulo Rodrigues, a 6 a Ávine, Paulo Robson, Serginho ou Calisto, a 7 a Gil, Fahel e Naldinho, a 10 a Luís Henrique, Zé Carlos e Robert. 

Voltando a falar sobre o atual número 88, o campo tem mostrado que Davó hoje deveria ser o primeiro a receber a camisa de titular no setor de ataque. Seja iniciando os jogos, como grande parte da torcida quer, ou vindo do banco, que ele siga sendo decisivo para a boa campanha do Esquadrão.

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