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Caldeirão de Aço - Para voltar ao embalo

Evolução notada nos três jogos finais do Baiano e Nordeste foi ampliada nesse início de Brasileiro

Publicado quinta-feira, 21 de abril de 2022 às 06:05 h | Autor: Leandro Silva | Jornalista | [email protected]
Empate sem gols com o Azuriz parece um caso à parte no atual momento do Bahia na temporada
Empate sem gols com o Azuriz parece um caso à parte no atual momento do Bahia na temporada -

O jogo de amanhã contra o CSA será mais um desafio muito importante para a temporada tricolor e representará também a oportunidade de voltar ao embalo, depois que a sequência de cinco triunfos consecutivos foi interrompida pelo empate sem gols contra o Azuriz, na terça, pela Copa do Brasil. Chance também de manter os 100% de aproveitamento na competição mais importante do ano para o Bahia, que parece estar levando bem a sério o discurso de priorizar o Brasileiro, único certame até agora em que o clube pode ser totalmente elogiado em 2022. O Tricolor, inclusive, até o momento é a única equipe da Série B a vencer seus dois primeiros compromissos, depois de superar Cruzeiro e Náutico. 

O jogo de terça contra o Azuriz parece um caso à parte no atual momento do Bahia na temporada. E espero que realmente seja. Torço também para que o empate tenha sido fruto muito mais do desgaste do time e dos méritos do adversário do que por causa da retranca do time paranaense. Até porque oponentes retrancados devem se tornar cada vez mais frequentes, principalmente com o Tricolor na liderança.  

Por falar no jogo que manteve o time na ponta, que nunca mais se repita a situação da expulsão infantil de Borel contra o Náutico, e que sirva de lição para todos do elenco, mas o confronto contra os pernambucanos é uma daquelas partidas em que já era possível perceber instantaneamente que será inesquecível para os tricolores mesmo enquanto ela ainda estava acontecendo. Passado todo o sufoco durante mais de 80 minutos, resta a lamentar apenas o desfalque do camisa 2 para o embate de amanhã contra o CSA.  

Uma das coisas que mais irritava nos jogos do Bahia há algum tempo, antes dessa arrancada atual, era o marasmo, a aceitação das condições adversas. E deu muito gosto ver o nível de entrega de cada um dos jogadores. Foi uma concentração impressionante e quando o Náutico conseguia levar perigo, geralmente de longe, Danilo Fernandes mostrava mais uma vez o seu valor, com defesas incríveis.  

A evolução, que já era notada nos três jogos finais do Baiano e da Copa do Nordeste, foi ampliada e confirmada nesse início de Brasileiro, mostrando que o time já contava com boas peças, que ainda não haviam se encontrado. Mas nesses primeiros jogos depois da parada forçada tem ficado evidente também a importância da chegada de bons reforços. Infelizmente, o jogo contra o Azuriz também mostra que Rodallega ainda deverá fazer muita falta enquanto for desfaque, já que o grupo é carente de um suplente com as suas características.   

Sobre os reforços, aqueles que já tiveram chance de entrar em campo já deram, cada um à sua maneira, a contribuição para o bom momento vivido pela equipe. Pode parecer cedo para cravar, porque ainda tem muita bola para rolar, mas as contratações feitas nesse segundo momento da temporada soam mais criteriosas e parecem lembrar apostas bem sucedidas de tempos recentes, como Gregore, Zé Rafael, Artur, entre outros. 

Sendo justo, algumas contratações feitas desde o início do ano também parecem seguir tal padrão e agora, com o crescimento coletivo, começam a ser valorizadas. Afinal, Luiz Henrique e Rezende hoje já são titulares, Djalma foi superado por Luiz Henrique, mas mostrou qualidade também. Jonathan foi bem contra o Náutico após a expulsão de Borel, mas ainda não vem inspirando muita confiança.e deve voltar a começar uma partida amanhã, enquanto Henrique é uma aposta para o futuro. Willian Maranhão, por enquanto, é o único fiasco comprovado entre as contratações do ano. E que permaneça sendo.

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