Caldeirão de Aço - Rara paz | A TARDE
Atarde > Colunistas > Esporte A TARDE

Caldeirão de Aço - Rara paz

Publicado quinta-feira, 14 de abril de 2022 às 06:01 h | Autor: Leandro Silva | Jornalista | [email protected]
A evolução coletiva foi nítida, mas vale a pena destacar algumas individualidades
A evolução coletiva foi nítida, mas vale a pena destacar algumas individualidades -

Nada como um triunfo categórico, como foi o do Bahia, por 2 a 0, contra o Cruzeiro na estreia da Série B, para trazer um pouco de paz para o clube. O time chegou ao quarto resultado positivo consecutivo, mas, como os três anteriores não serviram para classificações, a insatisfação seguia altíssima. Foi muito importante também que o adversário tenha sido o Cruzeiro, que, além de ser um dos clubes mais tradicionais da competição, era a equipe da Série B com melhor aproveitamento de pontos no ano, com 70,83%. Isso valorizou o desempenho e dá mais confiança para a partida de amanhã, contra o Náutico, e para o restante da temporada. 

Antes mesmo do jogo, já destacava que o meu otimismo para a estreia estava mais sustentado na esperança de que o time, que já demonstrava melhoras nos três triunfos anteriores, conseguisse evoluir ainda mais nas três semanas que Guto Ferreira teve para realmente treinar. E o importantíssimo triunfo na largada do Brasileiro contou com a soma dessa melhora do time, com as peças que já estavam aqui, com o impacto imediato de reforços que haviam acabado de chegar.

O time, em sua escalação inicial, realmente mostrou um crescimento impressionante, e dois dos novos reforços, vindos do banco, foram decisivos para o triunfo. Quando Guto colocou em campo Matheus Davó e Vitor Jacaré, já na segunda etapa, as coisas aconteceram e o Bahia chegou aos 2 a 0, com dois gols de Jacaré, e com participação efetiva de Davó, inclusive com assistência para o primeiro gol.

A evolução coletiva foi nítida, mas vale a pena destacar algumas individualidades. Além dos dois estreantes, destacaria as atuações impressionantes de Daniel e Rezende, na melhor partida com a camisa tricolor. O goleiro Danilo Fernandes também retornou muito bem depois de tanto tempo. 

Sobre os contratados para a Série B, além dos dois destaques, o volante Emerson Santos também participou, de maneira mais discreta, pelo tempo em campo. O goleiro César, os zagueiros Didi e Zé Vitor, o meia Warley, e o atacante Rildo  aguardam uma chance e completam os oito reforços que já foram anunciados para a disputa da Série B.

Contra o Cruzeiro, o Bahia começou a partida com dois dos seis primeiros contratados da temporada. O lateral Luiz Henrique, que se firmou bem na posição, e Rezende, que alterna entre a titularidade e o banco, e mostrou de vez suas qualidades contra a Raposa. Independente de quais dos novos reforços consigam ser titulares, espera-se que todos eles possam fortalecer o grupo. Pois contra o Cruzeiro ficou escancarada a importância das reposições. Afinal, o Esquadrão conseguiu resolver a partida logo depois da saída, por lesão, do melhor jogador da temporada, Rodallega, graças às substituições. O banco deu a resposta desejada e deve ser sempre assim.

Uma novidade da estreia também foi com relação ao uniforme usado pelo time. As novas camisas para a temporada foram lançadas no dia do jogo e são lindas demais. Não entendi apenas porque o Bahia atuou todo de branco, já que era o mandante. Senti falta do calção azul e dos meiões vermelhos. A combinação das nossas três cores, cada uma predominante em uma das peças do nosso uniforme é mágica, traz toda a tradição. Não sei se foi um caso isolado ou se a intenção é que a nova camisa branca venha preferencialmente acompanhada de calção e meiões brancos. Ideia que não gosto, mesmo que soe contraditório, já que não me oponho aos uniformes alternativos, como o azul, o vermelho, o vinho, quem sabe até um azul celestial, desde que seja outra opção, além das duas principais. Que venha o triunfo amanhã, seja com que roupa for.

Publicações relacionadas