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Histórias & Sabores

Por Isabel Oliveira

ACERVO DA COLUNA
Publicado sábado, 11 de fevereiro de 2023 às 7:26 h • Atualizada em 11/02/2023 às 8:33 | Autor:

Carvão elegeu o cachorro-quente como petisco da folia momesca

Iguaria leva sofisticação à receita, que tem polvo e aioli na composição, deixando o acepipe apetitoso

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Imagem ilustrativa da imagem Carvão elegeu o cachorro-quente como petisco da folia momesca
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A alegria contagiante do Carnaval não exclui a comida de jeito nenhum. Aliás, é bem ao contrário. Comer, inclusive, pode estar relacionado ao delicioso processo dionisíaco, a Baco, o Deus do Vinho, da comida, da ousadia, da alegria, bem carnavalesco.

Baco, o Deus do vinho, da alegria, do Carnaval
Baco, o Deus do vinho, da alegria, do Carnaval | Foto: Internet/Reprodução

Talvez seja assim que os grandes chefes e os amantes da gastronomia de um modo geral pensam seus pratos durante a folia. O que serve ao folião meio morto, meio vivo, muito alegre, energia disparada, e quase sempre com uma fome de arrasar um quarteirão inteiro?

Barracas de cachorro-quente em Nova Iorque em 1906
Barracas de cachorro-quente em Nova Iorque em 1906 | Foto: Internet

As comidas de rua, bares, bibocas no circuito da festa e até dos mais sofisticados restaurantes caem na folia com seus pratos matadores. Das comidas bem simples às mais sofisticadas, às vezes com um toque gourmet que lhes confere originalidade, elas entram na parada do circuito mais esperado do ano.

Império Feltman com a invenção do  cachorro-quente
Império Feltman com a invenção do cachorro-quente | Foto: Internet

É o caso do cachorro-quente, iguaria famosa, democrática e cheia de histórias. Uma delas é a marca Feltman, sobrenome de um padeiro que juntou a necessidade com a oportunidade, criando um império do pão com uma salsicha dentro na cidade americana de Coney Island.

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| Foto: Internet

Há outras versões interessantes da história da invenção desta apetitosa iguaria. Como a do alemão Anton Feuchtwanger, que vendia salsichas quentes durante uma exposição na cidade americana de St. Louis. Para que os clientes não queimassem as mãos, era entregue uma luva. Mas os clientes acabavam levando o assessório, causando prejuízos a Anton. Foi então que ele teve a ideia, junto com seu cunhado que era padeiro, de fazer um pão mais comprido na mesma medida das salsichas e assim evitar que seus clientes queimassem as mãos sem precisar de luvas. O novo formato do famoso acepipe estava inventado.

Imagem ilustrativa da imagem Carvão elegeu o cachorro-quente como petisco da folia momesca
| Foto: Divulgação

O delicioso lanche caiu nas graças do simpático restaurante Carvão ( @restaurantecarvao), localizado na Barra, que pensou nas comidas de rua para alimentar o exército faminto atrás da folia momesca. Na versão do Carvão, o cachorro-quente ganhou um toque de sofisticação, como conta a chefe do restaurante, Carolina Schaper.

Imagem ilustrativa da imagem Carvão elegeu o cachorro-quente como petisco da folia momesca
| Foto: Carvão/ Divulgação

“A gente pensou em montar um cardápio de petisco com comidas que lembram o Carnaval. Aí veio a ideia de fazer as comidas de rua que são comumente encontradas no Carnaval, e daí o cachorro-quente. Só que a gente queria trazer para nossa realidade, para mais perto do que a gente serve, trazer outros sabores e outras junções. Por isso, o cachorro-quente de polvo com aioli de limão siciliano e batata palha de batata-doce”., revela.

O toque gourmet do cachorro-quente foi elaborado à base do aioli - um molho originário da Provença, na França, composto principalmente de alho, azeite e gemas de ovos - em substituição à tradicional maionese, um dos elementos que compõem a tradicional iguaria de invenção americana.

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| Foto: Carvão/ Divulgação

“Quando decidimos fazer o cachorro-quente de polvo, começamos a pensar nos elementos que combinam com os ingredientes que compõem o cachorro-quente. Daí o aioli, que seria a maionese, só que a gente faria nosso tradicional aioli de limão siciliano para harmonizar bem com o polvo. A batata palha a gente faria de batata-doce e também um tartar de tomate, cortado bem pequenininho, simbolizando o molho de tomate do tradicional cachorro-quente. O nosso pão, inclusive, é um pão de fermentação longa, é um pão brioche, mais macio, e pela fermentação longa ele se torna mais leve”, conta Carol.

A dica da chefe, vinda da cidade de São Jorge dos Ilhéus, é fazer uma harmonização da iguaria, algo meio cítrico, meio Baco, em homenagem ao Carnaval.

Imagem ilustrativa da imagem Carvão elegeu o cachorro-quente como petisco da folia momesca
| Foto: Carvão/ Divulgação

“Eu harmonizaria ele com um drinque mais cítrico, talvez, ou um vinho verde, ou um vinho branco, algo bem refrescante com um pouco de acidez, algo com tangerina”, revela.

E vamos conhecer este cachorro-quente todo especial do restaurante Carvão!

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| Foto: Carvão/ Divulgação

Cachorro-quente de polvo

Separe alguns pães de brioche ou outro tipo que desejar e vamos aos elementos para montar a deliciosa iguaria. A receita parece gigante, mas não é tão difícil.

Para o aioli

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| Foto: Internet

1 ovo

20ml sumo de limão siciliano

Raspas de 1 limão siciliano

2 dentes de alho assado

400ml de óleo de milho

2g sal

Em um recipiente fundo, usando um mixer (ou em um liquidificador), coloque o ovo, o sumo de limão, as raspas e os dentes de alho. Comece a bater em velocidade média. Quando estiver homogêneo, ainda batendo, coloque o óleo em fio, aos poucos até que toda a mistura emulsione e fique firme. Reserve em geladeira.

Palha de batata-doce

300g batata-doce

1l de óleo de milho

Descasque as batatas-doces, e rale com a parte mais fina do ralo.

Com o óleo a 160°C, frite a batata aos poucos, até que fiquem douradas e crocantes. Use um papel toalha para enxugar o excesso de gordura. Tempere com um pouco de sal e reserve.

Tartar de tomate

2 tomates bem maduros

Sal

Azeite

No fundo do tomate, faça uma cruz com o auxílio de uma faca, cortando apenas a pele. Em uma panela com água fervente, coloque os tomates. Deixe por 1 minuto, retire, e coloque em um recipiente com gelo. Retire a pele. Abra o tomate e retire as sementes. Pique em quadradinhos bem pequenos. Em um bowl, tempere com sal, pimenta do reino e um fio de azeite.

Polvo

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| Foto: Internet

1kg polvo limpo (considere usar uma porção menor)

1 cebola inteira sem casca

1 folha de louro

Em uma panela grande, coloque água o suficiente para cobrir o polvo, para ferver. Quando abrir fervura, baixe o fogo, e segurando pela cabeça, mergulhe o polvo e suspenda algumas vezes, até que ele enrole. Então solte na água e deixe cozinhar por 30 minutos em fogo médio-baixo, sem deixar que a água ferva, até que esteja macio quando espetado. Retire da água.

Tempere com um pouco de sal, pimenta do reino e azeite.

Com a brasa bem acessa (vermelha, porém sem chama) use uma cesta de inox diretamente em contato com a brasa, e coloque o polvo na cesta. Deixe assar até que esteja dourado.

Montagem:

Parta o pão por cima.

Coloque os pedaços do polvo, um pouco do aioli, o tartar de tomate e a palha de batata-doce por cima.

Agora é só desfrutar!

NOTAS COM HISTÓRIAS & SABORES

Novo regulamento técnico de identidade e qualidade do bacon é aprovado

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| Foto: Divulgação

A partir de 1º de março passa a valer novas regras relacionadas à qualidade do bacon. Entre as regras atualizadas, determinadas pelo Ministério da Agricultura, a elaboração de bacon deverá ser somente da porção abdominal do suíno. Antes, o produto poderia ser obtido com os músculos adjacentes, acompanhados da expressão ‘especial’ ou ‘extra’ na sua designação de venda. Outra atualização se deu nos ingredientes opcionais. Agora a elaboração pode contar de carboidratos mono e dissacarídeos; maltodextrina; condimentos e especiarias; água; aditivos alimentares e coadjuvantes de tecnologia, Os estabelecimentos terão prazo de um ano para adequarem-se às condições previstas no novo regulamento. Já os produtos fabricados até o final do prazo de adequação, poderão ser comercializados até o fim de seu prazo de validade.

Vinking Wine ganhará Wine Bar exclusivo com cerca de 500 rótulos de vinho e gastronomia

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| Foto: Divulgação

Vinking Wine expande seu propósito de promover novas experiências em torno do vinho com a abertura do seu Wine Bar, em soft opening, a partir de março. O novo projeto da marca proporcionará uma relação diferenciada do cliente com cerca de 500 rótulos de vinhos, em espaço de 100 m², assinado pelo arquiteto Pablo Caribé. No imóvel na Avenida Paulo VI, nº 1609, na Pituba, o empresário Daniel Freire receberá até 70 clientes que, além de comprarem os vinhos, poderão degustá-los a preço de loja, acompanhados de um cardápio especial desenvolvido pela chef Karine Poggio.

Expansão da marca Aussie Grill, do grupo da Outback, comprova tendência das “dark kitchens”, as entregas delivery

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| Foto: Divulgação

O hábito de pedir comida em casa está cada vez mais presente e indica novas tendências no mercado de gastronomia, como o crescimento das operações criadas para o atendimento 100% delivery, as chamadas “dark kitchens”. Os restaurantes virtuais surgem em um contexto de transformação digital do segmento gastronômico. A pesquisa Consumo Online Brasil realizada pela agência Edelman e promovida pela PayPal aponta que a prática, que era comum para 40,5% dos entrevistados até os primeiros meses de 2020, passou para 66,1% após o isolamento trazido pelo início da pandemia de Covid-19. O Abbraccio, restaurante inspirado no lifestyle italiano que conta com 13 unidades físicas no país também tem apostado nessa tendência. A rede de restaurantes inspirada no lifestyle italiano possui dark kitchens, incluindo uma operação com entregas via iFood

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